Antonio Machado
Foram necessários mais de trezentos e sessenta dias, para que o ano velho chegasse ao seu ocaso, e como foi longo, e mais, não deixou saudades para a maioria daqueles que o vivenciaram. Dizem que recordar o passado, é sofrer duas vezes, se é assim, prefiro Cecília Meireles, quando, poeticamente escreveu: “por mim, e por vós, e por mais aquilo/ que está onde outras coisas nunca estão,/ deixo o mar bravo e o céu tranquilo: quero solidão”. Chegou, enfim, o ano novo, 2.015, e já se vão quinze anos do novo século, o esperado século XXI, que foi tão almejado, e já está caindo no ostracismo da história, dentro de anos tão amargos. O novo ano que se inicia, trás no seu bojo um numeral, que, excluindo-se o zero, soma-se 17 (2 + 15 = 17), um número imperfeito, meio cabalístico, mas cheio de um conteúdo forte, cujas luzes que emanam de sua força interior, podem ser canalizadas para o progresso e desenvolvimento, mormente para o Estado de Alagoas.
O novo governo que se prenuncia, recebeu o aval da maioria dos alagoanos, concedendo-lhe poderes plenos para tirar, sobretudo, o Estado deste marasmo, letárgico, fazendo-o voltar a crescer, tendo a frente vários desafios, entretanto, pode-se firmar nas três pilastras principais, a saber: educação, saúde e segurança, como escreveu Cartela: “os ausentes nunca têm razão”. Muitos ensaiam e vão embora, (referencial educação), esquecendo-se que o conhecimento é fundamental a todos, no livro, sapiencial da Sabedoria, em 8,3, está escrito: “por meio da sabedoria obterei a imortalidade, e deixarei à posteridade uma lembrança eterna”. Escreveu acertadamente um sábio que: “o melhor país é o que possui o menor número de desempregados”. Com um povo educado, certamente, a violência reduzirá sua ação avassaladora e a saúde avançará a passos largos, porém não são somente as metas planejadas que vão surtir os efeitos almejados, urge, entretanto, que se estimule o profissional, devolvendo-lhe a autoestima com remuneração condigna e justa, sem esquecer àqueles que deram suas vidas ao trabalho, e souberam escrever seus nomes na história, com amor e denodo, e que hoje amargam a indiferença do gestor. Os desafios são muitos, porém o novo ano vem com um novo gestor carregado de planos e ideias que podem mudar os rumos da história de Alagoas, e que vem cavalgando há anos num fogoso corcel sem rédeas. Os alagoanos estão ávidos por trabalho que gere renda, por segurança para suas famílias e por uma saúde de qualidade, pois o progresso de um povo é gerado pelo trabalho de todos, porém é necessário que os gestores viabilizem as condições para que todos possam desenvolver suas potencialidades. O governador Renan Calheiros Filho, possui um leque de conhecimento, até já vivenciados, haja vista já ter sido executivo, trás consigo uma experiência que muito o ajudará na condução dos destinos do Estado, é o que se espera no alvorecer do ano novo, quando milhares de alagoanos repousam suas esperanças neste limiar de governo, homem escolhido para as redias do poder.
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