Colunistas: HISTÓRIA CONTADA E OUTRAS CRÔNICAS

Literatura

Por Djalma de Melo Carvalho

Acabo de ler Nossa História Tem Que Ser Contada (Swa Instituto, Santana do Ipanema, 2021, 287 páginas), o quarto livro que publica Luiz Antônio de Farias, o querido Capiá, conterrâneo e colega aposentado do Banco Brasil.
Disse o ensaísta Roberto Pompeu de Toledo: “A história é propriedade dos pósteros.” Com toda razão, portanto, o escritor santanense que, a julgar pelo título do seu livro, concorda com o ilustre ensaísta da revista Veja.
Dizer da satisfação da leitura, melhor seria externar o orgulho que senti ao concretizar-se minha predição, segundo a qual o novo escritor não ficaria limitado à sua primeira obra literária publicada. Outras viriam, e vieram de verdade. Aliás, obra de “vidente”, como assinalou a meu respeito Dr. Olivan Medeiros, ilustre filho de Poço das Trincheiras e há muito tempo residindo na cidade do Recife.
Felicito-o pela vitoriosa caminhada literária, que despontou com texto bem escrito, bem-pensado, a par do desenvolvimento lógico de bom cronista, de bom escritor. Nesse particular, tomou gosto Luiz Antônio, como se tivesse lido o que escreveu o jornalista Noaldo Dantas, ex-diretor do Jornal de Alagoas: “Escrever: doce e difícil ofício.” Também, o que escreveu o português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, que foi categórico: “Antes do interesse pela escrita, há um outro: o interesse pela leitura. Sem ler ninguém escreve.” Luiz Antônio seguiu os dois conselhos.
Lisonjeado senti-me com a citação do meu nome em diversas páginas do livro, acentuando o escritor, a meu respeito, como incentivador, de fato, de sua carreira literária.
Sente-se, de início, a preocupação do autor com os atuais prédios históricos do centro da cidade de Santana do Ipanema, nossa terra natal. Praticamente boa parte do centro histórico, riqueza arquitetônica do passado, foi infelizmente demolida em meados da década de 1960. O que resta dessas construções históricas está ficando desfigurado, descaracterizado, que é uma pena. A busca de nova imagem do prédio comercial de agora supera a preocupação histórica da beleza do passado.
Luiz Antônio não esqueceu os colégios e professoras que contribuíram para sua educação e formação cultural, responsáveis pelo sucesso de sua vitoriosa profissão de bancário do Banco do Brasil, hoje vivendo sossegado, desfrutando sua boa vida de aposentado. Reside no Recife, mas não deixa de passar dias de lazer na Praia de Maragogi, acompanhado de “Zulu”, seu peludo cão de estimação. Dias, também, passa em sua fazenda Lagoa do Rumo em Olivença, por ele chamada de meu “doce prejuízo”. Brincando com seus dados biográficos, Luiz Antônio disse que era “formado pela ‘academia’ do Grupo Escolar Padre Francisco Correia, diplomado pela ‘faculdade’ do Ginásio Santana, com ‘mestrado’ pela Escola Técnica de Comércio Santo Tomaz de Aquino, ‘pós-graduado’ pela ‘universidade’ do Banco do Brasil e com ‘doutorado’ pela rigorosa e implacável escola da vida”.

Clique Aqui e veja a crônica completa

Comentários