“Filtro solar! Nunca deixem de usar o filtro solar. Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta: usem o filtro solar!”. A frase é de um texto famoso narrado por Pedro Bial, mas a dica é válida. No Nordeste do Brasil, nem precisa ser Verão para sentir os efeitos da exposição solar. Sem os cuidados devidos, o que deveria virar vitamina D, por exemplo, pode trazer o envelhecimento precoce da pele ou servir de gatilho para quem tem predisposição ao câncer de pele.
“As pessoas hoje estão mais conscientes, mais informadas e a maioria se protege. Mas há quem só use filtro solar na praia, outros que não fazem proteção nenhuma e nem abrem mão de um bronzeamento natural mesmo sabendo dos riscos. Como moramos em uma região onde há incidência maior dos raios ultravioletas, devemos redobrar os cuidados”, disse Elenize Campos, dermatologista da Santa Casa de Maceió.
Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h (quando os raios são mais fortes), cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas (calça e camisa de manga comprida), usar óculos escuros e chapéus de abas largas para proteger o rosto e o corpo, manter o corpo sempre hidratado, e usar protetor solar com fator de proteção (FPS) 30 ou superior.
No Egito e na Grécia Antiga já eram utilizados produtos para proteger a pele. Mas foi só em 1944 que o primeiro protetor realmente eficaz foi desenvolvido. Era à base de petróleo, de cor vermelha e um tanto viscosa. Ao longo do tempo, os filtros solares foram sendo aprimorados, apresentando diversas versões, inclusive para todos os tipos de peles. “O filtro solar faz diferença porque cria uma barreira aos raios ultravioletas protegendo a pele. Ele deve ser usado 30 minutos antes de se expor ao sol para obter o efeito desejado. Isso deve ser feito diariamente”, explica a especialista.
Crianças e idosos são mais susceptíveis a queimaduras e insolação, assim como também pessoas de pele, cabelos e olhos claros têm queimaduras com pouco tempo de exposição. A falta de proteção pode causar insolação, efeito causado pela exposição excessiva ao sol nos horários mais quentes levando a alguns sintomas como náuseas, cefaléia, pulso rápido, entre outros.
“O sol atua na formação de vitamina D através da pele, mas tem que se tomar com moderação. A forma mais adequada é até as 10h e após as 16h. O excesso, além de um efeito imediato como insolação e queimaduras, tem consequências tardias como manchas, rugas e câncer de pele”, finaliza Elenize Campos.
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