Aviso: se você for um ideólogo, aconselho a não ler este ensaio crítico, pois poderá sentir-se mal ante verdades factuais!
Ontem, assistimos, assustados e incapazes de fazer algo, à destruição do Museu Nacional, pelo incêndio, de algum modo, criminoso. Parte da memória histórica nacional e mesmo mundial virou cinza, virou nada. Se se contabilizavam 20 milhões de artefatos e relatos, talvez, agora, reste a constatação do descaso, da irresponsabilidade, do prejuízo transcendente, do crime. Apontar um ou outro culpado, neste instante, que mesmo importa? Não seríamos todos culpados por sermos essa representação de nação do futuro? Que importa dizer que o Estado nacional deixou de repassar o orçamento pleno, que o Rio de Janeiro fez-se omisso, de algum modo, que os administradores do Museu ante todas as dificuldades poderiam ter denunciado ao público (e fizeram! Desde 2004, o diretor do museu, Sérgio Alex Azevedo, reconhecia que a situação elétrica do museu era realmente bastante complicada e perigosa. Relatara que a crise já durava 40 anos e que se agravara, aos poucos, nas duas últimas décadas, por causa do descaso e da demora de liberação de verbas. Afirmara ainda que, em dezembro de 2003, fora realizada uma vistoria que constatara que as instalações elétricas do prédio eram inadequadas e que era urgente a implantação de um sistema de combate a incêndio, pelo risco de que todo um patrimônio histórico virasse cinza e olvido!), Ministério Público e ao Poder Judiciário (e podem até ter feito!), que nós brasileiros não temos amor por nossa cultura, nossa história, nossa ciência, nossa arte?
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Colunistas: O extermínio do Museu Nacional - Por Adriano Nunes
CulturaPor Redação com Adriano Nunes 04/09/2018 - 22h 36min Arquivo Pessoal
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