Não há igualdade e liberdade plenas. É utópico e perigoso tê-las. As plenas liberdades e igualdades são incompatíveis com a civilização, ainda que possam, enquanto utopia ou ideologia, aparecerem como ideais a serem alcançados. Neste ponto, dois alertas são importantes: tentar, por causa de alguma ideologia, atingir um estado de liberdade plena pode levar à barbárie. E tentar se alcançar um estado de igualdade plena pode levar ao totalitarismo. Em Estados democráticos constitucionais, o termo desigualdade (que não deve ser confundido com “diferença”!) tem várias implicações ontológicas e epistemológicas. Até porque, nestes Estados, procura-se, de algum modo, proteger as diferenças e, o máximo possível, eliminar ou atenuar as desigualdades sociais, não necessariamente desigualdades de classes ou entre classes. Reconhecer que há desigualdades implica reconhecer, de certa maneira, a ineficiência do Estado, das outras instituições e até mesmo dos indivíduos em lidar com as diferenças, a economia e todos os seus desdobramentos, o Direito, com o respeito ao próximo, o reconhecimento, a dignidade humana.
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Colunistas: Votar livremente é ter direito à voz
CulturaPor Redação com Adriano NUnes 28/07/2018 - 20h 51min Arquivo Pessoal
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