Na manhã desta terça-feira (24), após celebração de exéquias na Igreja Matriz São Cristóvão, o corpo do Monsenhor Delorizano Marques da Rocha foi conduzido em cortejo fúnebre para a Igreja Matriz de Senhora Sant´Ana.
Centenas de fiéis lotaram a Igreja para as despedidas ao sacerdote que durante 20 anos foi o pastor daquela paróquia.
Presidiu a Celebração Eucarística o padre Wendel Assunção, administrador diocesano da Diocese de Palmeira dos Índios. Concelebraram os padres Jacyel Soares Maciel e José Paulo Rosendo da Costa – respectivamente pároco e vigário paroquial da Paróquia de Senhora Santana e sacerdotes da Diocese de Palmeira dos Índios e representantes da Arquidiocese de Maceió. Participaram também os diáconos José Walter e Tácito Alencar.
A homilia foi feite pelo padre José Aparecido, pároco da Paróquia de Água Branca e um dos sacerdotes que foi enviado ao seminário pelo monsenhor Delorizano.
Para nos cristãos a morte é um partir para estar com Cristo. É o partir para um abraço para aquele que nos fez. A morte para nos cristãos nos leva para o encontro com aquele que nos fez, é aquele retorno para a casa do Pai. Estamos aqui revestidos da esperança.
Para o Monsenhor Delorizano o viver era depositar a esperança naquele que não decepciona. Não estamos aqui celebrando a morte. Por que Deus permitir a morte? Porque Deus permitiu a morte do monsenhor Delorizano? Se Deus permitir a morte não é porque ele sente prazer, se Deus permite que morramos, nao é para nos matar, mas para nos ressuscitar. Nos cremos na força da ressurreição. Jesus nos garante que a morte, nada mais é que o transporte para a ressurreição. Todo aquele que ancora a sua vida no Cristo ressuscitado, reveste da esperança que não decepciona. Estes partem para a ressurreição.
O Monsenhor por onde passou deixou as marcas do eterno. Era um homem cheio de Fé. Que tinha muito zelo pelos sacramentos.Pe. Jacyel Soares Maciel – Pároco da Paróquia de Senhora Sant´Ana
Hoje me despedi com muita tristeza do querido Padre Delorizano, que teve um papel essencial na minha vida. Fui seu ajudante dos 4 anos até os 19. Fui enviado por ele duas vezes ao seminário, onde passei dois anos. Homem de personalidade forte e caráter honrado, aprendi muito com ele ao longo do tempo. Como numa boa relação de pai e filho, vivemos momentos bons e momentos tensos, passei um (curto) tempo sem falar com ele, coisas de filho rebelde que bate de frente com o pai rígido. Voltamos a nos falar quando descobri que seria transferido de Santana do Ipanema para a cidade de Água Branca. Engoli o orgulho e fui falar com ele. Foi a melhor coisa que fiz naquele tempo. Só o vi chorar duas vezes na vida, a primeira no falecimento da sua mãe e a segunda e última no meu discurso de sua despedida de Santana. Vá com Deus, Deló!
E pela última vez: Bença, padre!Bel. José Marques Vasconcelos
Após as homenagens em Santana do Ipanema o corpo do Monsenhor foi conduzido em cortejo para a cidade de Major Izidoro onde foi sepultado.
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