Não sei a sua (Ipirá?) , mas parece que a minha querida Macondo não mais existe. Santana do Ipanema está uma metrópole: desta vez encontrei-a bonita, arrumada, limpa e creio que em boas mãos (nas mãos outrora opositoras da política do meu pai). Fui em missão interna e externa de paz e voltei pacificado e pacificador.Venci o medo (?) do retorno e voltei com aquele gosto bom de quero mais. Vou voltar, pois agora sou “escravo” da Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes que exige minha presença em algumas reuniões. A entrega do título foi em uma cerimônia simples e bonita (na sexta-feira, 13. Vou postar fotos no face. Homenageei, com leituras de poesias que fiz para eles, duas pessoas que decididamente me influenciaram no gosto das letras: o meu pai (cujo centenário de nascimento foi em abril do corrente ano) e José Marques de Melo (o meu primo recém-falecido que brilhou aqui, nos Estados Unidos e até ... na China!). O primeiro, como quem não quer nada, dava-me para ler material direitista.O segundo, como quem quer tudo, dava-me para ler material de esquerda. Creio que isto conduziu-me para o estado de lucidez ambidestra no qual agora me enquadro.
O desencantamento de Santana do Ipanema salta aos olhos. O rio Ipanema, o mais belo rio da minha aldeia, acabou. Isso mesmo: ACABOU-SE o principal afluente da margem esquerda do baixo rio São Francisco. Nem uma gota d´água, nada mais das enchentes e cachoeiras que levaram minha infância ao delírio. Fui procurar a antiga Pedra do Navio, onde se dizia que havia inscrições fenícias e não achei mais nada, nem pedra sobre pedra.
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Literatura - DE MACONDO PARA LÉO
CulturaPor Redação com José Geraldo Wanderley Marques 22/07/2018 - 20h 30min Arquivo Maltanet
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