Por mais diversos e conflitantes que sejam os princípios ainda presentemente adotados pelas nações, existe uma Identidade Cósmica, acima de todas as diferenças culturais, étnicas, territoriais, econômicas, religiosas, sociais, morais, ideológicas, esportivas, e também acima de todos os preconceitos e tabus, atuando sobre todos os indivíduos: essa Identidade Cósmica é Deus, que é Amor!
Sapiência de Deus
A humanidade é uma família. E não existe uma só em que todos os filhos tenham idêntico comportamento. Cada um é um cosmos independente, mas não significa dizer que esses “corpos celestes” tenham de se esbarrar uns nos outros. Seria o caos.
Precisamos, por isso, viver o Ecumenismo Irrestrito, não resumido, portanto, aos cristãos que compõem uma parte dos povos. E mais: Ecumenismo não circunscrito às religiões, todavia aquele que se expande pelos campos da Ciência, da Filosofia, da Política, das categorias sociais, das profissões, dos times de futebol, etnias, assim por diante, e que se encontra acima da perspectiva de conhecimento que governa a inteligência neste planeta, pois ainda vivemos apenas a expectativa dele, não o Conhecimento, no sentido lato, que seria imergir no oceano do Saber Divino; de corpo e Alma, banhar-se no mar luminoso da Sapiência de Deus. Pregamos o Ecumenismo dos Corações, do sentimento bom que independe das diferenças comuns da família humana, em que as pessoas raciocinam de acordo com o amadurecimento próprio, com a extensão do seu saber ou falta dele. O Ecumenismo dos Corações é aquele que nos convence a não perder tempo com ódios e contendas estéreis, mas a estender a mão aos caídos, pois se comove com a dor; tira a camisa para vestir o nu; contribui para o bálsamo curativo do que se encontra enfermo; protege os órfãos e as viúvas, como ensina Jesus, no Evangelho, segundo Mateus, 10:8. Quem compreende o alto sentido do Ecumenismo dos Corações sabe que a Educação com Espiritualidade Ecumênica será cada vez mais fundamental para o progresso dos povos, porque Ecumenismo é Educação aberta à Paz; para o fortalecimento de uma nação (não para que domine as outras); portanto, o abrigo de um país e a sobrevivência do orbe que nos agasalha como filhos nem sempre bem-comportados.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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