Neste tempo de folia, aproveitemos para participar do Carnaval da Bondade, da generosidade, da solidariedade, do apreço pelas Criaturas Humanas. Na LBV não somos contra a alegria, apenas continuamos atentos aos que padecem, porque a dor surge em qualquer ocasião. Mesmo neste período, os hospitais permanecem ocupados. Nas casas de saúde, nas prisões, quantos lamentam a separação dos entes queridos! E, nas ruas, diversos choram por negado lhes ser um teto ou, embora tendo um, faltar-lhes, às vezes, uma verdadeira afeição, o abrigo aconchegante de um sentimento benfazejo. Outros se machucam na demasia, principalmente no campo sexual. Isso é resultado de querer apartá-lo do amor, do afeto. O que tem sido um terrível golpe na alma da Humanidade. Os efeitos aí se encontram, à vista de todos, pois sexo se faz com o coração. Um dia, multidões haverão de assim compreendê-lo, e então a felicidade baterá à porta sem consumir-se logo na entrada.
Liberdade depreende temperança
Também durante o reinado de Momo, a mesa está posta por Jesus àqueles que anseiam alimentar-se do Seu Evangelho, do Seu Apocalipse e das Suas palavras por intermédio dos profetas no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada. A ceia prossegue ofertada, como na Igreja em Laodiceia (Apocalipse, 3:14 a 22). Jesus bate, abramos-Lhe o caminho para que, com Ele, possamos usufruir o alimento e a água espirituais que nos bastarão, e nunca mais sentiremos fome nem sede do que nos faz fortes.
Deus respeita o livre-arbítrio. Que mais deseja o Ser Humano senão liberdade? Contudo, ela depreende temperança, e, não, pôr a casa do vizinho abaixo. A sabedoria espiritual ensina que “a semeadura (isto é, o que concretizamos com nossas escolhas) é livre, mas a colheita, obrigatória”. Do contrário, seria o reino desbragado da impunidade, que corrói países tal qual caruncho ou cupim, como vemos agora pelo mundo. Grandes estruturas se desfazem por causa da inconsequência que convoca a ação urgente da justiça perfeita, tornando melhores as nações, por força do Amor ou da aflição.
O governo da Terra começa no Céu
Quando firmada no Cristo Estadista, a disposição cresce, expande-se. Ao seu labor são atraídos todos os que têm algo a oferecer, porquanto se acham na faixa acertada, que nos convida à sintonia com o Mundo Espiritual elevado. De lá nos vêm as intuições benéficas para a vida em sociedade. Os amigos do plano ainda invisível, os Anjos da Guarda, não esperam ser apenas meros acompanhantes, mas, sim, copartícipes realizadores.
A Humanidade caminha para o seu belo destino. Todavia, primeiro, tem de descobrir e convencer-se de que o governo da Terra começa no Céu. Portanto, negar a priori a realidade do Mundo dos Espíritos é um equívoco. O que isso tem a ver com o carnaval?! Tudo! Esclarecidos sobre os assuntos relativos à nossa essência eterna, a diversão sadia e solidária norteará o comportamento dos novos foliões da Bondade.
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
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