Ivaldo “Cui-ui-ui” conheço desde a minha infância. Parece-me que teve quando criança, uma menigite mal curada, que o deixou com sequelas principalmente mentais. Há quem o considere débil mental, não sei. Sei que não tem crises, nem é agressivo. Pra compensar essa deficiênca possui comprovadamente uma memória privilegiada, toda vez que o encontro pelas ruas de Santana, sempre fazendo favores e recado do povo, ele me aborda pra contar frgmentos de histórias de muito tempo atras.
Ivaldo lembra do dia em qe fez a primeira comunhão, na matriz de senhora Santana com o padre Cirilo, e que na ocasião o padre repreendia os outros meninos que o encrencavam. Lembra da visita de um bispo de Petrolina a nossa cidade e do tempo do major Estevam, quando delegado em Santana mandava-o comprar cigarros, ele reclamava dos meninos que o encrencava e o delegado dizia que ia mandar prender. Conta também fatos recentes e reclama dos que ainda hoje o “apelidam”, ´pra apelidar Ivaldo é só fazer um óculos com os dedos na sua frente.
Ivaldo é apaixonado por carnaval, basta alguém cantarolar os acordes da marchinha de carnaval Vassourinha que ele na mesma hora se põe a pular.
Canário, é o pai do nosso amigo advogado, doutor Edson Magalhães, vice-prefeito de Santana do Ipanema, é outro que gosta muito de carnaval. Certa feita, lá estava Canário no meio do povo, na maratona da praça Senador Enéas Araújo, fantasiado de quenga, todo maquiado, blusinha corpete e saia. Canário já tinha tomado todas, se empolga com o frevo e dá uns pulos mais entusiasmado e a saia levanta. E todo mundo viu, por baixo da saia, nada! O homem estava do jeito que veio ao mundo.
Fabio Campos 24/02/2011
Comentários