CANDANGO, LANDAU, DEL REY.

Fábio Campos

Finais de semana em cidade interiorana, no passado, não costumavam serem movimentados. Mas esse cenário ultimamente tem mudado muito. A nossa cidade, Santana do Ipanema, viveu no último final de semana o “V Motofest”. O evento cumpriu o que prometeu. Muita badalação, muita gente estilosa, shows de roclk’n roll. Tietagem entre carros antigos, motos turbinadas. Em meio a tudo isso, tivemos Uma nova oportunidade de fazer uma viagem no tempo. Voltar a um passado remoto, onde afloraram fortes emoções, tantas recordações

Naquela época, final dos anos sessenta, início da década de setenta poucos eram os que possuíam veículos automotores na cidade. Dava pra se contar nos dedos os proprietários de automóveis e motocicletas. Na nossa vizinhança, onde morei na Praça do Monumento, era uma exceção, três dos nossos vizinhos possuíam automóveis: Leopoldo Oliveira, conhecido por Seu Dota possuía uma Rural Willys; seu vizinho doutor Aderval Tenório, promotor de justiça, tinha vários carros, entre estes um Jeep Willys e sua esposa Déa Tenório, professora de Inglês costumava colocar um macacão, botas de borracha e ia pra fazenda guiando o Jeep. Outro nosso vizinho era Seu Zé Francisco Carvalho, o “Véi Zé” que um dia se tornaria vereador, foi caminhoneiro, dono de um caminhão Truck 1113 da Mercedes Benz.

Esta quinta edição do Motofest trouxe excelente novidade: uma exposição de carros antigos. E tivemos com isso, a oportunidade de ver exemplares, bem conservados, de carros daquela época: havia um LANDAU que disseram pertencer a um velho político de nossa região, senhor Elísio Maia, que fora prefeito de Pão de Açúcar; tinha um CANDANGO muito parecido com o que no passado circulava pelas ruas de nossa cidade, guiado pelo empresário do setor algodoeiro senhor Domício Silva, avô da atual prefeita de Santana do Ipanema doutora Cristiane Bulhões; havia também uma belíssima Caminhonete Chevrolet da década de sessenta, com seus possantes pára-lamas que lembrou-me uma que era apelidada de “Floresbella”, que pertencera ao senhor Zezinho do Vemag; o também saudoso Eugênio Teodósio possuíra uma caminhonete semelhante, com a qual meu pai, o comerciante João Soares Campos, fretava para ir fazer compras na cidade de Caruaru – Pernambuco; outro carro antigo que fazia muito sucesso na exposição: um DEL REY da Ford, bastante conservado, lembrou-me inclusive na cor cinza, um, que até pouco tempo vi rodando pela cidade cujo proprietário é Val da loja Cardoso Discos.

Lembrei-me de dois episódios envolvendo acidentes de trânsito, aqui em Santana, no tempo em que o barulho de um único carro passando na rua chamava a atenção: o primeiro foi com a PERUA VEMAG da doutora Nicia esposa de doutor Paulo Onofre, proprietários da Escola Santo Alberto Magno. Numa ensolarada tarde de verão, foi colidir seu veículo na antiga Praça das Coordenadas, onde posteriormente o prefeito Adeildo Nepomuceno Marques instalaria o Monumento ao Jumento. E virou Praça do jumento, que ficava com frente a atual agência da Caixa Econômica Federal.

O outro incidente com carro que lembrei, ocorreu envolvendo a “Fubica” de Antônio “Redondo” e o consultório do odontólogo doutor Antônio, que ficava onde hoje funciona uma farmácia, no inicio da rua Coronel Lucena, na esquina que dá acesso ao banco Bradesco e a Casa da Cultura. O veículo era muito antigo, e devia ter faltado freios. Ao perceber que se descesse a rua até o comércio a bagaceira ia ser feia. O condutor preferiu jogar-se de encontro ao portão do jardim do consultório do dentista.

CANDANGO “É um automóvel brasileiro produzido pela VEMAG, concessionária da fábrica alemã DKW. O nome foi dado em homenagem aos operários que construíram Brasília, a capital do Brasil, inaugurada em 1960.” Fonte: Google.com.br

MOTOQUEIRO OU MOTOCICLISTA? “A diferença entre as duas palavras, não existe tornando elas em sinônimos. Mas no popular tem variação no real significado: Motoqueiro é aquele usuário de moto que trabalha com o veículo, geralmente de baixa cilindrada. Os motociclistas tem um significado ainda mais negativo para os motoqueiros. De acordo com eles, os motoqueiros são os que não respeitam as leis de trânsito e que usam o vão entre os carros para andar nas ruas movimentadas de sua cidade. Motociclistas são os que utilizam a motocicleta por lazer como objetivo principal, seja para passear ou se divertir com o veículo. Normalmente de cilindradas maiores. Alguns amantes de motocicletas se reúnem em grupos, para viajarem e conversar sobre essa paixão que é andar com suas máquinas. Fonte: google.com.br”

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR
FRASES NA TRASEIRA DE CARROS
“GENTE VELHA é igual a um FUSQUINHA, não importa o ano de Fabricação e sim o ESTADO DE CONSERVAÇÃO!”
“Faça a Coisa CELTA assina: Cebolinha!”
“PIOR É IR A PÉ!”
“FUI SER FELIZ! Só Não Sei se Volto...”
“SE LULA pode dirigir BRASÍLIA por que eu não?”
“Nem Todos de BRASÍLIA são Corruptos!”
“POBRE! SIM! Porém FELIZ!”
“PARATI Enlouquecer!”
“POBRE É igual PNEU: Quanto mais Roda MAIS LISO FICA!

Fabio Campos, 21 de Setembro de 2023.

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