A função terapêutica da leitura admite a possibilidade de a literatura proporcionar a pacificação das emoções. Tal leitura implica uma interpretação – que é em si mesma uma terapia, posto que evoca a ideia de liberdade – pois permite a atribuição de vários sentidos ao texto. O leitor rejeita o que lhe desgosta e valoriza o que lhe apraz, dando vida e movimento às palavras, numa contestação ao caminho já traçado e numa busca de novos caminhos.
O hábito de leitura, além de absorver conhecimento, aprimora a sua empatia (a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, ou seja: procurar experimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro a fim de tentar compreender sentimentos e emoções), pensamento crítico, melhora o seu vocabulário, principalmente no caso de estudantes, estimula o bom funcionamento da memória (inteligência), eleva a capacidade de interpretar textos, ideias e acontecimentos e ainda previne contra doenças degenerativas. Ler, além de tudo e isso, desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação, o senso crítico e amplia a habilidade na escrita.
A leitura nos leva a outros mundos e nos faz viajar em histórias. Dessa forma, nos colocamos em outras realidades e tiramos lições e experiências que podem ser aproveitadas no dia a dia. Ampliar conhecimento é sempre benéfico, principalmente para quem sofre com distúrbios de ansiedade.
Estratégias de leitura:
1. Selecione o que vai ler;
2. Procure manter o foco na leitura;
3. Se achar que algo chame a sua atenção, faça alguma anotação;
4. Reflita, complete, acrescente algo ao que leu...
Ler e escrever são atividades que ajudam a lidar com ansiedade e problemas emocionais e psicológicos. Além de mudarem o foco do problema e permitirem ampliar os horizontes e conhecimentos, ao escrever colocamos para fora sentimentos, medos, traumas, ou seja, o princípio da terapia.
Através da escrita, nos colocamos em 3ª pessoa, uma postura que ajuda a enxergar de fora as situações, e dessa forma, entender melhor os problemas e suas devidas proporções e soluções. Embora haja casos em que o(a) escritor(a) se faz personagem, narrando sua obra na 1ª pessoa. Já fiz isso em duas de minhas obras.
Como exercitar a escrita terapêutica?
1. Tenha um caderno específico para esta atividade;
2. Escreva como se estivesse conversando com uma pessoa amiga;
3. Escreva sobre detalhes do cotidiano;
4. Incremente a atividade com colagens;
5. Crie um ambiente acolhedor para escrever;
6. Não crie pressão para escrever todos os dias;
Enfim, a leitura e a escrita são os maiores instrumentos para a construção do conhecimento.
Quando pequeno até após a primeira infância (+- 6 anos), por não ter muita interação com pessoas extrafamiliar, desenvolvi significativamente o ATO de PENSAR. Com esse ATO, veio a seguir o ato de LER, Até a minha adolescência, li todos os livros infanto-juvenis da Biblioteca de Santana do Ipanema, além de outros estilos literários). Unindo o ATO de PENSAR e LER, surgiu o de ESCREVER.
Um escritor, além do ato de querer entender o mundo à sua volta e os mistérios que o envolve, sente a necessidade de mergulhar no seu mundo interior, instigar sua imaginação e se dá ao trabalho de criar, seja para “dar vida” ao que idealiza a partir do que o meio circundante lhe fornece, seja para enredar em outro mundo, o da ficção, ou mesmo para unir o real com a ficção na produção de suas histórias.
Uma palavra, uma frase, a letra de uma música ou mesmo um trecho dessa, um acorde musical... ele próprio!
Os escritos são os mais diversos: Obras Técnicas; literários com seus gêneros: Romance, Novela, Conto, Crônica, Poema, Canção, Drama histórico, Teatro... Cada autor tem sua linha de pensamento.
Em meus escritos, em linguagem simples, procuro, até o fim, envolver o leitor nesse mundo da ficção mesclado do real, sem que ele perca o contato com o real até chegar a um desfecho, no qual deixo transparecer que por meio do imaginário poderemos ir bem mais além do que pensamos.
Sabe-se que os entraves e desentraves do existir, desafiam e faz parte da dinâmica da vida humana dentro do tempo e do espaço nos quais estamos inseridos. Eu, particularmente, aproveito bem essa dinâmica para me motivar e criar espaços que sejam favoráveis a mim mesmo e ao próximo, independentemente de quem esse seja esse próximo...
Nesse pensar, ler e escrever, já lancei 12 obras:
1º – Não Ser... SER! Viver: um grande desafio (1ª edição: Editora Q Gráfica – 2008 / 2ª edição pela SWA Instituto Editora - 2023);
2º – PARÓQUIA DE SÃO CRISTÓVÃO – Panorama histórico/pastoral (Art’s Gráfica e Editora - 2011);
3º – FRAGMENTOS DE MIM (SWA Instituto Editora - 2013);
4º – OS DESAFIOS DA FÉ (SWA Instituto Editora - 2015);
5º – RETALHOS DA VIDA (SWA Instituto Editora - 2015);
6º – DES-ENTRAVES (SWA Instituto Editora - 2018);
7º – UMA AMIZADE QUE SE PROLONGA PARA A ETERNIDADE (SWA Instituto Editora - 2020);
8º – EGO ME IPSO – Autobiografia (SWA Instituto Editora - 2020);
9º – A CASA O FLAMBOYANT E EU (SWA Instituto Editora - 2022);
10º – SACERDÓCIO MINISTERIAL – Epítome de Exercícios Espirituais (SWA Instituto Editora - 2022);
11º – MEUS PAIS E EU – Sagas, Vínculos e Rupturas Existenciais e Sobrenaturais (SWA Instituto Editora - 2023);
12º – AMIGOS PARA SEMPRE (SWA Instituto Editora - 2023).
Um CD (poesias musicadas - 2015) interpretadas por mim mesmo.
Cada obra difere uma da outra, mas existe uma espécie de “liga” que une todos eles: um intenso teor psicológico e de existencialismo cristão.
É exatamente isso que caracteriza a minha personalidade e creio, na maioria, senão em todos os Escritores: olho para além dos olhos; vejo o que os olhos naturais não veem; ouço o que os ouvidos naturais não escutam; sinto o que os sentidos naturais não sentem. Logicamente que ao absorver de tudo que me circunda, filtro e, mesmo tudo sendo registrado no porão de minha consciência, aproveito bem aquilo que possa me edificar ou edificar aos outros. ESSE SOU EU! NEM MAIS E NEM MENOS.
[Pe. José Neto de França – Sacerdote, Nutricionista CRN/AL nº 43952/P, Escritor e Influenciador Digital]
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