Já se tornou de praxe, a confraternização anual entre uns acadêmicos da Academia Arapiraquense de Letras e Artes (ACALA)., contudo, ano passado não ocorreu por dificuldades outras, todavia este ano de 2016, esse encontro fraterno voltou a acontecer, entretanto, o número de acadêmicos presentes foi o menor possível, talvez a falta de interesse da classe tenha sido o motivo da não participação, cuja atitude levou seu presidente, Cláudio Olímpio dos Santos, a dizer que: “Se continuar assim não vamos mais fazer nossa confraternização”, mas não nos intimidemos com estes fatos medíocres, porém vamos seguir em frente, porque às vezes, o sucesso está oculto nos fracassos, daí se ter que se continuar entre recuos e avanços na busca de sucesso.
Basta que recordemos quando da instituição da ACALA., no longínquo 14 de junho de 1987, data oficial de sua criação, às portas de se comemorar 30 anos de atividades (1987-2017), os percalços foram muitos, no livro ACALA, história e vida, editado em 2009, este modesto escrevedor em jornais, escreveu um artigo intitulado: “E assim tudo começou...” onde cita os pioneiros dessa augusta instituição das letras, a exemplo do professor Oliveiro Nunes Barbosa, primeiro presidente, pesquisador Zezito Guedes, poeta Rosendo Correia de Macedo, professor Carlindo de Lira, o cordelista popular João Gomes de Oliveira (Caboclolino) de saudosa memória, professor Antonio Machado e outros, foram esses nomes desconhecidos da sociedade, mas cultuadores das letras, que plantaram as primeiras sementes da ACALA, e que mais tarde, trouxeram nomes que integrados a ACALA, são hoje referências na literatura do agreste e sertão de Alagoas, haja vista ser a ACALA um nome de peso na histórias das academias alagoanas. Vamos continuar escrevendo como sentenciava a imortal Clarice Lispector: “enquanto os homens não responderem meus questionamentos, continuarei escrevendo”.
A ACALA hoje é uma referencial nas letras de Alagoas em seu quadro de sócios e correspondente possui um número relativamente bom, não só de Arapiraca, mas de outras regiões, e já se prepara para comemorar garbosamente seu terceiro decênio, 30 anos, sempre na vanguarda das letras, escrevendo e preservando a história com a pena do conhecimento. Os acadêmicos estão planejando lançar um livro memória focando essa trajetória, sendo necessário, encarar as dificuldades com coragem e altivez na perspectiva do futuro. Dizem que os escritores e poetas são filósofos sonhadores, centrado nestes aspectos Voltaire (1694-1778), escreveu: “a filosofia nunca ajudou ninguém a fazer bons negócios, mas tem muito ajudado a muitos suportar os maus” a ACALA ao longo dessa três décadas ter pautado sua história na verdade imparcial, mormente quando os textos são informativos sem pretensão de formar opiniões, mas na busca da verdade. Quanto das reuniões ordinárias mensais, surgem às vezes, acaloradas discussões, sempre prevalecendo o bom senso Lacordaire (1802-1861) escreveu: “às vezes a realidade só é vista por olhos que choram”, e pode-se acrescentar que através dos desentendimentos sempre surge a luz, e assim tem sido a caminhada da ACALA. Mesmo numa confraternização todos foram convidados a prestigiarem, mas poucos compareceram, dizia Santa Teresinha: “amemos a todos, pelo menos um nos amará”, sabe-se, entretanto, que o acadêmico sócio tem o dever de frequentar as reuniões atendendo o chamamento de sua entidade para opinar e deliberar assuntos pertinentes a ela não podendo se omitir de suas obrigações acadêmicas, mormente quando convocado. George Bernad Shaw (1856-1950) escreveu: “Não há progresso sem mudança. E quem não consegue mudar a si mesmo acaba não mudando coisa alguma”.
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