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Os
primeiros relatos dos quais se tem noticia sobre a ocupação
na nossa região, indicam que, por volta do século XVII,
(a partir de 1611) a parte da região semi-árida do atual
estado de Alagoas fora ocupada por Sertanistas Pernambucanos, que se
fixaram em Jaciobá (Pão de Açúcar). Pois,
foi nesse mesmo período que alguns desbravadores foram agraciados
com sesmarias (lote de terra ainda inculta que os reis de Portugal cediam
aos novos povoadores). E tinham como objetivo primeiro, expandir os
domínios da coroa e aumentar os lucros com a produção
de açúcar.
O povoamento do território alagoano se processou lentamente,
mas admite-se
que sua formação se originou de três grupamentos
básicos: Penedo, Porto Calvo e Alagoas (atual Marechal Deodoro).
A região foi invadida por franceses no início do século
XVI, sendo retomada pelos portugueses em 1535, sob o comando de Duarte
Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, que organizou duas
expedições e percorreu a área fundando alguns vilarejos,
como o de Penedo. Também incentivou a plantação
de cana-de-açúcar e a formação de engenhos.
Em 1630, os holandeses invadiram Pernambuco e também ocuparam
a região de Alagoas até 1645, quando os portugueses voltaram
a conquistar o controle da região.
Antes da posse de Duarte Coelho, os franceses exerciam grande influência
sobre o território referente ao atual Estado de Alagoas. Havia
grande interesse pelo pau-brasil por parte dos franceses. A partir de
1535, Duarte Coelho, já donatário da capitania de Pernambuco,
foi o responsável pela reintegração do território
ao domínio da Coroa portuguesa.
Além de reintegrar este território à coroa, Duarte
Coelho também foi o responsável pelos incentivos iniciais
da implantação local da produção de cana-de-açúcar.
Aliás, esta é a produção até hoje
dominante na região. De uma das “bandeiras” comandadas
por Duarte Coelho resultou a fundação da cidade de Penedo.
Em 1630, houve a invasão dos holandeses na região da capitania
de Pernambuco. Embora atingidos por inúmeros insucessos na tentativa
de domínio do território, os holandeses passam a ganhar
força em suas incursões a partir dos auxílios que
passaram a receber do mameluco Domingos Fernandes Calabar. Este foi
uma peça fundamental na tomada de certas cidades alagoanas pelos
holandeses. Calabar não o fazia por dinheiro, mas sim porque
acreditava que o domínio holandês era mais tolerante com
os povos naturais daquelas paragens. Matias de Albuquerque malogrou
os planos da reconquista das terras ao integrar Calabar ao manso lusitano,
porém tomou outra providencia estratégica: fez com que
um amigo de Calabar se infiltrasse nas tropas holandesas, o que foi
fundamental para a derrota aos invasores. Denunciado como traidor, Calabar
foi enforcado.
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