A cultura do cancelamento é um fenômeno que ganhou destaque nas últimas décadas, especialmente com o uso crescente das redes sociais, onde indivíduos e grupos se mobilizam para retirar apoio a figuras públicas, empresas ou indivíduos cujas opiniões ou ações são consideradas ofensivas, ou até mesmo apenas e tão somente por pensar diferente. Esse movimento toca na essência da liberdade de expressão, levantando questões sobre onde estão os limites dessa prática.
As redes sociais se tornaram plataformas para amplificar vozes, permitindo que questões de injustiça social sejam destacadas, como racismo, machismo e homofobia. Porém, essa rápida mobilização também pode resultar na ação de “cancelar” alguém de forma desproporcional, silenciando vozes divergentes e criando um ambiente de receio em expressar opiniões, o que pode empobrecer o debate público. Um exemplo é o caso de Kevin Hart, que perdeu a oportunidade de ser anfitrião do Oscar no ano de 2019, devido a tweets antigos considerados homofóbicos. Disse ele no antigo Twitter, hoje X: “I have made the choice to step down from hosting this year's Oscar's....this is because I do not want to be a distraction on a night that should be celebrated by so many amazing talented artists. I sincerely apologize to the LGBTQ community for my insensitive words from my past.” Tradução literal: “Eu tomei a decisão de renunciar à apresentação do Oscar deste ano... isso porque não quero ser uma distração em uma noite que deve ser celebrada por tantos artistas talentosos incríveis. Peço sinceras desculpas à comunidade LGBTQ pelas minhas palavras insensíveis do passado.”
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Colunistas: A CULTURA DO CANCELAMENTO: Limites da Liberdade de Expressão
LiteraturaPor Pe. José Neto de França 15/12/2024 - 14h 10min Acervo do autor
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