Fui deixando o tempo passar, passar, demorando, protelando, adiando, para poder escrever algumas linhas sobre meu irmão Gileno, que faleceu no dia 26 de junho passado, faltando-lhe um mês para completar 82 anos de idade. Faleceu muito cedo. Havia muito tempo ainda, para continuar a servir a seus conterrâneos, à sua gente, à sua cidade natal, nossa Santana do Ipanema.
A “percepção da fragilidade da vida”, no dizer de Victor Hugo, a gente só começa a percebê-la quando se vai alcançando a cada passo, vitoriosamente e com saúde, a tão sonhada, mas inelutável, condição de idoso.
Com razão a escritora Rachel de Queiroz que disse, em seu livro de crônicas Tantos Anos: “O amor de irmão não tem altos e baixos, é planície serena.”
Tanto uma como outra assertivas são verdades, que fui deixando o tempo passar, tocado por imensa saudade, para tratar do assunto Gileno, meu irmão de muitos anos de luta, de trabalho honrado, como professor e comerciante em nossa cidade natal.
Foi-se meu porto seguro para escutá-lo e com ele tratar de tudo sobre educação, cultura, política e desenvolvimento de Santana do Ipanema, assuntos que ele dominava com perfeito conhecimento de causa. Era apaixonado por Santana do Ipanema, por sua gente, por seus conterrâneos, por seus ex-alunos. Meu mestre de cerimônias nos lançamentos dos meus livros.
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Colunistas: PROFESSOR GILENO, MEU IRMÃO
LiteraturaPor Djalma de Melo Carvalho 18/09/2024 - 10h 15min Acervo Portal Maltanet
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