A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem ouviu nesta terça-feira (5) três especialistas que acompanham de perto a situação que atingiu cinco bairros de Maceió e culminou com o colapso da Mina 18, abaixo da Lagoa Mundaú, em dezembro de 2023.
O santanense José Geraldo Marques, doutor em ecologia e pós-doutor em meio ambiente; Abel Galindo, professor, engenheiro e geotécnico; e a engenheira Natallya de Almeida Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) falaram das causas que levaram ao afundamento de terra, e as consequências para os atingidos.
O primeiro depoimento foi de José Geraldo Marques, uma das vítimas que precisaram deixar suas casas durante a evacuação dos bairros atingidos pela atividade da petroquímica.
Além de diretamente atingido pelo colapso, o professor é ex-secretário executivo de controle da poluição de Maceió durante a instalação da Braskem na cidade.
Ele afirmou ter sido vítima de ameaças de morte por telefone após alertar as autoridades sobre os riscos da mineração. “Foi uma tortura, ameaças de morte e mortes morais. Quase perco a cabeça”, declarou.
José Geraldo também afirmou que a cidade pode seguir sentindo tremores nos próximos 10 anos. “Algumas regiões de Maceió terão que conviver pelos próximos 10 anos com rachaduras e tremores até que surja a possível estabilidade defendida pela ciência, mas pelos próximos 10 anos teremos que conviver.”
Veja a audiência na íntegra (TV Senado)
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