O poeta e compositor Remi Bastos Silva, autor do Hino de Santana do Ipanema e de músicas que marcaram época em nossa terra, receberá nesta sexta-feira (12) a outorga de Cidadão Honorário de Santana do Ipanema, que foi concedida por meio do Decreto Legislativo nº 03/2020, de autoria do vereador Mário Siqueira Silva (Mário do Laboratório) de 10 de agosto de 2020, aprovado por unanimidade em 22 de agosto de 2020.
Na oportunidade o escritor Remi Bastos estará lançando seu primeiro livro, intitulado LEMBRANÇAS GUARDADAS (SWA Instituto Editora 2022).
As duas solenidades acontecerão no plenário da Câmara Municipal de Santana do Ipanema, a partir das 19h30.
Nesse livro, com o carinho e a atenção do santanense João Francisco das Chagas Neto – João do Mato –, que prefaciou a obra, o autor reuniu 82 peças literárias, sessenta e seis poesias (dez se transformaram em músicas) e dezesseis crônicas.
O autor relacionou em cada peça literária uma imagem e nesse mister entra algo espetacular: algumas peças são ilustrações do jovem José Mauro de Lima Sobrinho, aluno da Escola Municipal de Educação Básica Durvalina Cardoso Pontes, talento descoberto pelo olhar atencioso da professora Inês Mariano, durante o desenvolvimento do projeto Valorizando Nossa Literatura, idealizado pelo SWA Instituto, sob a coordenação do jornalista e escritor José Malta Fontes Neto. Naquela oportunidade o livro que estava sento estudado era o ADELSON DE MIRANDA: UM EXEMPLO A SER SEGUIDO.
Você poderá conferir no livro o talento desse jovem. As demais peças ilustrativas são fotos do acervo do autor ou cedidas gentilmente por amigos, alguns que fazem parte das lembranças de Remi, outras feitas pelo jornalista José Malta, para o engrandecimento da obra, como é o caso das imagens do Rio Ipanema, cenário exuberante deste ano.
O leitor atento poderá ver toda a sensibilidade do autor em seus escritos. Nas crônicas a poesia está presente e até na capa, pois Remi escolheu a imagem capela de Nossa Senhora da Assunção, da década de 1960 , como símbolo de suas LEMBRANÇAS GUARDADAS, principalmente infância e juventude na terra de Santa Ana.
Biografia do Autor:
Remi Bastos Silva, engenheiro agrônomo, nasceu em Maceió/AL, no dia 27 e julho de 1945. Filho do funcionário público aposentado pelo antigo Departamento Nacional de Endemias Rurais – DNERU, Plácido Reis da Silva e de Nilce Bastos Silva, doméstica, ambos falecidos. Casado, pai de dois filhos e quatro netos.Em 1952, sua família se mudou para Santana do Ipanema onde, posteriormente, estudou no Grupo Escolar Padre Francisco Correia, tendo aí conhecido as primeiras letras e concluído o curso primário em 1958.
Em 1959 prestou exame de admissão ao Ginásio Santana, concluindo o curso ginasial EM 1963. Foram seus companheiros de conclusão do curso ginasial, Márcio Pinto, Nenoi Pinto, Maria de Lourdes Maciel, Aristeu Rodrigues dos Anjos, Odaléia Malta, Socorro Celestino das Chagas, Elba Marques, etc. Iniciou o curso colegial em 1964 na cidade de Palmeira dos Índios/Al, no Colégio Estadual Humberto Mendes, e concluído o terceiro ano no Colégio Universitário em Recife/PE, em 1966, após ter sido aprovado no teste de seleção, onde competiu com estudantes de todo Nordeste. Apegado às raízes e as tradições culturais de sua terra, prestou vestibular de Agronomia em 1969, tendo sido graduado como Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura, da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, em 1972.
Desde criança já apresentava vocação pela música e a poesia, no entanto, foi a partir dos 17 anos que revelou os seus dons poéticos escrevendo poesias, acrósticos e canções musicais para homenagear colegas e clubes de futebol estudantis.
Atualmente, aposentado pela Secretaria de Estado e Irrigação de Sergipe - SEAGRI, após ter trabalhado durante 29 anos, a convite, na Companhia de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – COHIDRO, em cultivos irrigados, sobretudo, com olerícolas e fruteiras tropicais. Possui cursos de especialização em Proteção de Plantas, tendo desenvolvido suas atividades no assessoramento à Técnicos Agrícolas e produtores nos perímetros irrigados, com atuação específica no manejo de controle de pragas e doenças de plantas.
Foi um grande folião dos carnavais de Santana na década de 60 e 70, quando teve a oportunidade de compor algumas marchinhas carnavalescas cantadas no Clube Pau D\’arco, um bloco de rua que agitou os corações dos foliões Santanenses durante quinze anos. Entretanto, foi no início dos anos setenta, graças à administração do inesquecível prefeito do povo, Dr. Henaldo Bulhões, que o carnaval de Santana do Ipanema adquiriu impulso vencendo as barreiras antes proibidas.
Não poderia nesta sinopse biográfica deixar de citar os nomes dos foliões que de forma brilhante contribuíram para a sustentação do Clube Pau D’arco durante os tríduos momescos, em 15 anos de história, foram eles: Benedito Soares, Gevaldo Vilela (+), Reginaldo Falcão (+), Roberto Guedes (+), Antonio de Aníbal (+), Chico Pais (+), Zé Neto Noya (+), Mindinho Barros, Aderval Carvalho, Sílvio Galindo, Bastinho (+), Paulo da Barriguda, José Carlos (Motorzinho) e Jorge das Chagas (+). Foi em 1968 que compôs a marchinha “Santana dos Meus Amores”, porém, somente no ano seguinte que invadiu as ruas e o clube da cidade, cantada por centenas de foliões. Outras canções foram produzidas tais como: Hino da Pitu; A Noiva; Oi Nós Aqui De Novo; Saudade; Camoxinga; Meu Bairro; Velho Cruzeiro; Está Chovendo nas Cabeceiras do Ipanema; Revitalização do São Francisco; Santana Eu Amo Você, e tantas outras, interpretadas pelo cantor e compositor Waldo Santana. É também o autor do Hino Oficial de Santana do Ipanema.
É cidadão honorário de Santana do Ipanema, título concedido por meio do Decreto Legislativo ne 03/2020, de 10 de agosto de 2020, indicação do vereador e à época presidente da Câmara Municipal de Santana do Ipanema, Mário Siqueira Silva (Mário do Laboratório), aprovado por unanimidade em 22 de agosto de 2020.
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