No período de 12 a 15 de junho Santana do Ipanema sediou o I Festival Cultural do Sertão de Alagoas com uma vasta e intensa programação.
No último dia do festival a A Cia. de Teatro Popular de Pão de Açúcar apresentou seu mais novo trabalho, o II Ato da Sega de João Dengoso: A Origem da Monga.
Uma peça do teatro de rua que encanto os espectadores, levando inclusive a criançada a participar da encenação, vibrando com os personagens.
Com uma proposta cênica definida desde seu surgimento, a Cia. de Teatro Popular trouxe para o publico uma livre inspiração da lenda urbana/circense da Monga. Uma atração do circo muito conhecida e que teve seu auge nos anos 70 e 80, onde virou febre e ganhou vida independente dos circos ou de parques de diversões, sendo apresentada em um ônibus adaptado pelos interiores do Brasil e em particular, pelo Nordeste, tudo consistia na transformação de uma mulher em macaca na frente do publico.
Se pelo medo ou pelo fascínio, não se sabe dizer, mas o fato é que a Monga entrou para repertorio de lendas e mitos do nosso povo, mesmo não tendo origem no Nordeste ou no Brasil, aqui (Nordeste) ela ganha um incrível destaque e é absolvida pelas crendices locais que logo cuidaram em arranjar explicações para a sua origem.
No Espetáculo “A Origem da Monga”, a Cia de Teatro de Pão de Açúcar usou traços e características numa quase hipérbole da iconografia do povo sertanejo, usando com grande exagero seus tipos e suas formas de falar, se expressar, bem como seus costumes e manifestações artísticas culturais.
O fator central é norteado pela linguagem do Teatro de Rua, dela se cria a ambiência para se abordar as manifestações da cultura popular regional afim de dar maior visibilidade a nossas raízes culturais.
Sinopse do espetáculo:
Numa cidadezinha bem pequena do interior de Alagoas, dessas cidadezinha tão pequenininha que cabe todinha dentro de uma apresentação de quase 60 minutos, lá, um fato misterioso assombrou o povo todinho daquele lugar, mas um sertanejo metido a corajoso e cheio de “pantim”,resolveu investigar esse tal fato sobrenatural que assustava a todos e fazia com quê a cidade inteira só falasse numa bendita ou no caso, maldita, aparição de um Macaco Imenso no meio das noites de sem lua.Assim João Dengoso, cabra homem com h, mas com h minúsculo mesmo, porque ele é caba home, mas nunca foi “esses home todo”... Assim se dará a trama cheia de muito mistério, intriga, fofoca de janela e fofoca de rede social (Porque vocês sabem que é bem diferente) e muita confusão.
Ficha Técnica
- Um espetáculo inspirado livremente nas lendas, mitos, musicas e danças da cultura popular Nordestina.– Classificação Livre
– Duração entre 60 a 70 minutos
– Direção e criação de Jurandir Bozo
– Co-direção de Arnaldo Lima
– Cantigas e Musicas originais compostas por Jurandir Bozo
– Com o elenco composto pelos membros da Cia. de Teatro Popular de Pão de Açúcar-AL (Jurandir Bozo, Arnaldo Lima, Quitéria Silva e EmilleTázia)
– Espetáculo contou ainda com o músico e tocador de viola caipira Glauco Amadeu.
A seguir as imagens da apresentação no I Festival Cultural do Sertão de Alagoas, realizada na Praça Dr. Adelson Isaac de Miranda no dia 15 de junho de 2019.
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