Lembrei-me, faz poucos dias, de uma das músicas românticas do cantor Ronnie Von, “A Praça”, sucesso da Jovem Guarda de meados da década de 1960. Dois versos da música dizem: “A mesma praça, o mesmo banco/ as mesmas flores, o mesmo jardim.”
Refletindo bem, a letra dos versos tem significativo sentido de hábitos conservadores da vida brasileira.
Conservador é aquele apegado a atividades e a valores tradicionais, incluindo objetos de uso pessoal, bens de toda a natureza, etc. Exclui-se, dessa reflexão, a referência ao campo político. Nele o empedernido político conservador encampa, escancaradamente, hostilidade a todo tipo de reforma, notadamente às de cunho social. Quaisquer ruídos de reforma soam mal em seus ouvidos.
Até que me considero um conservador, porém bem moderado. Apego-me com o necessário apreço e cuidado as minhas coisas. Costumo frequentar o mesmo restaurante, o mesmo cafezinho, ocupar a mesma mesa e tomar vinho da mesma marca. Também me apego à marca do meu automóvel, ao mesmo posto de gasolina como cliente-fidelidade. E vai por aí.
Minha amiga Leila, advogada, que frequenta a academia fitness que freqüento, também é considerada conservadora. Como acontece comigo, ela tem visível apego ao seu automóvel de muitos anos de uso, sem pretensão de trocá-lo por um novo. Na verdade, o automóvel é bem conservado e muito conhecido do pessoal da academia e dos flanelinhas do cruzamento da rua que dá acesso a sua residência. De bom coração, Dra. Leila gratifica, generosamente, os flanelinhas dali, já considerados seus amigos, dando-lhes trocados e brindes, costumeiramente.
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Colunistas: OS FLANELINHAS DE RUA - por Djalma Carvalho
LiteraturaPor Redação com Djalma de Melo Carvalho 21/06/2019 - 14h 30min Arquivo Pessoal
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