Era felicidade para todos nós, nas noites de São Pedro. Casa dos
nossos avós Angelina Amélia e Pedro Pacífico, lá nas Lagoas do
João Gomes, sítio de Santana do Ipanema nas Alagoas. Todos
reunidos iam chegando à tarde enquanto a chuva não chegava. Os
tios, as tias, os primos e as primas, vindos do batatal, do Olho
D´água do Amaro, do Alto Bonito, do Cabaceiro, de lá das Lagoas.
Tio Toinho morava lá. E, de Santana. A festa era no grande
alpendre enfeitado para São João e São Pedro. Enquanto as
crianças conversavam e brincavam, alguns adultos ficavam na
cozinha se esquentando do frio, perto do fogão à lenha e tomando
café. Ficávamos na ansiedade, enquanto Tio Jonas Pacífico não
chegava. Os adultos se preocupavam dizendo que ele podia se
molhar na chuva que na certa chegaria. Tio Jonas demorava mais a
chegar, pois segundo os adultos, ele trabalhava e tinha que esperar
o fim do expediente para sair do trabalho. Esperávamos por nosso
tio para que fosse servido o jantar. Lembro que Tio Jonas chegava
batendo no capote molhado para tirar a água. A alegria era geral
com a sua chegada. Todos estavam lá. Foram encontros
inesquecíveis. Um deles, o aniversário do nosso avô Pedro
Pacífico.
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