JÚLIA E ESTELLITA DE SANTANA DO IPANEMA

Crônicas

Por Morche Ricardo Almeida

Querida Santana,

Há mais canto nas praças, mais ruas, mais vida, mais escolas. Santana, no século 21,Santana do Ipanema na Quaresma, Santana de poetas que buscam a palavra em carta, e-mail, mensagens. Como se desenha o desenho emoldurado na história.

Como tem passado todo esse tempo? Seu quadro na parede continua. Emoldurado, como pode ver, nesta pintura. As imagens transfiguram a viagem, na história.

Como conversávamos até ontem, a vida era uma viagem que não terminava. O transporte iluminando o caminho com suas luzes.

Estellita, uma pequena estrela que brilhava com sua incandescência, junto aos primeiros habitantes das subidas e descidas de uma cidade na qual seus antepassados ergueram a história.

Estellita era a quinta geração dos que fincaram as primeiras estacas às margens do rio d'água salobra que tentava sobreviver em períodos de seca, no sertão.

Porém deixava livre aos antepassados da pequena estrela as cacimbas que forneciam água, garantindo o bem viver de quem na cidade de Santana do Ipanema se propôs a dar continuidade à memória. Como um quadro na parede, uma aquarela pintada no tempo da história presente.

A história era a mãe do tempo. Era de vocês duas este provérbio tantas vezes dito nas ruas de Santana do Ipanema.

Júlia, assim como Estellita, uma jovem descendente dos pioneiros. Devota à padroeira da cidade, Senhora Santana, avó zelosa de Jesus.

Ambas (Júlia e Estellita) são história, história de Santana, história vivida nos anos 20 do século 20, vivida nos anos da crise econômica mundial, no final da década de 20, no início da segunda guerra mundial, no final da década de 30, vivida no início da guerra fria, vivida na época do rock, dos hippies, do ser humano chegando à Lua, das mudanças políticas nos anos 80 e 90, do Halley, quando visto nos céus de Santana do Ipanema, da mudança de século e do milênio.

Tia e sobrinha, Estellita e Júlia, uma história próxima. Viveram tia e sobrinha juntamente com seus pares que foram responsáveis pela Rainha do Sertão: Santana do Ipanema, cidade dos poetas, como deixou registrada a irmã e sobrinha: Maria do Socorro Farias Ricardo. Segue a história em seu ritmo iluminando a trajetória.

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