UM PAR POR TODA ETERNIDADE

Crônicas

Por Alberto Rostand Lanverly, namorado de Ana Lucia Lanverly

Recordo quando bem jovem ainda, andava por aí, na companhia de lindas garotas, com as quais interagia e sentia explicitamente que cada uma delas a seu modo, estava ajudando a fazer desabrochar e também lapidar, meu lado tão romântico quanto poético.

Porém desde então, mesmo sem a certeza absoluta de onde a esplendorosa nave capitaneada pelo amor trazido dentro peito, haveria de pousar à cata da felicidade, desejava tal fato viesse acontecer, somente quando sentimentos realmente sublimes, comandados pela certeza daquilo o que queria, norteassem meu pensar.

Apesar de então desconhecer a quem procurava, mas tomando meus genitores como exemplo de casal perfeito, imaginava somente seria realizado, quando encontrasse alguém que desfrutando de sua companhia mesmo de olhos fechados, conseguisse distingui-la por seu cheiro, calor da pele, sorriso e até por simples espirros.

Completara meus dezoito anos de vida, quando a enxerguei pela primeira vez, caminhando no pátio do Colégio Santíssimo Sacramento. Apesar de inibida, imediatamente passou-me a impressão ser daquelas criaturas estilo arco-íris, sem demonstrar receio de se assumir linda, inteligente, maravilhosa, protótipo da criatura bem sabedora do que queria.

Hoje, tanto tempo depois, continuamos cada vez mais juntos, agora não somente como dois garotos sonhadores, pensando em comercializar limonito na praia, mas responsáveis por linda prole composta por filhos e netos, sendo nossa alegria divertirmos da melhor forma possível, fazendo valer a certeza de que tristeza nunca chega ao estarmos em família, mesmo existindo problemas a serem sanados.

E nas situações preocupantes, pouco importa de onde vieram ou surgiram, conseguimos encontrar respostas, transformando-as em alimento à felicidade buscada.

Dias atrás, garimpando inspiração para escrever esse texto, revi passar na simbólica tela panorâmica da mente, cada minuto do meu convívio com a companheira escolhida para ser perpetua, e nela pensando, trago a certeza de que naquele dezoito de dezembro, data do seu nascimento, aroma suave exalou das mãos do Criador, inspirando sua imaginação divina a produzir autêntico milagre, um ser perfeito de carne e osso, tão bela por dentro quanto externamente, mulher de verdade, sempre uma dama, a futura mãe das filhas com as quais sempre sonhei.

Ouso dizer que durante toda história de vida, meus capítulos mais doces e abençoados foram ao seu lado, com ela presente em cada ato! Tudo o que juntos passamos será inesquecível, pois muitos desses momentos, os quais hoje já trago registrados em livros por mim escritos, servem como fermento a fortalecer a afeição existente dentro de mim, que somente aumenta a cada dia.

Nada se compara a nós dois, e ninguém consegue mensurar ou decifrar sentimentos fincados em minha alma, todos a ela destinados, gerando pois a certeza de que seremos sempre um par por toda a eternidade, contra os males e a favor das coisas boas do mundo!

Por tudo isso sou realizado, pois coube-me colher essa flor, beijá-la com ternura, chamando-a simplesmente de Ana, Ana Lanverly, minha eterna namorada.

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