Há algum tempo, na época de floração da nossa mangueira, eu costumava me questionar por que tantos frutos caíam ainda bem pequeninos, ou murchavam no próprio cacho.
Achava que era uma perda muito grande a que tínhamos... mesmo que no final, e somente com uma mangueira, nunca déssemos conta de tantas mangas.
Aos poucos, e bem devagar, fui compreendendo a perfeição e abundância de cada fase desse ciclo maravilhoso que é a frutificação de uma planta.
Assim como acontece em cada ciclo de nossa própria existência!
Nunca queremos "perder" nada, mesmo sabendo que nada é nosso de fato, apenas usufruímos enquanto estamos nesse plano.
Não queremos nos despedir daqueles que nos são queridos: suas partidas são sempre precoces para nós!
E, de tristeza em tristeza, de reclamações, de lutos e saudosismos, vamos levando a vida, sem vivê-la de fato, sem aproveitar o momento PRESENTE, o único em que podemos fazer algo de fato.
Não penso que não devamos refletir sobre as coisas e situações que nos são tiradas da vida, muito menos de não sentir falta, saudade daqueles que amamos e já partiram mas de buscar, a cada dia, cuidar dos que ainda estão conosco, alegremente!
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