UM SONHO NO DIA DE NATAL

Crônicas

José Antonio Soares Campos

Foto do encontro relato nesta crônica

Na véspera do encontro dos “Soares” no dia 24 de dezembro de 2018, fui dormir cedo, era por volta de vinte e duas horas, e como não é normal estava muito ansioso pois, mais tarde iriamos fechar a frente da casa de mamãe na Rua Presidente Kennedy e iriamos nos reunir os nove irmãos restantes da prole de José e Josefa Soares. Fui surpreendido com um sonho muito expressivo. Encontrava-me entre dormindo e acordado e passou um filme muito revelador. Ao acordar repentinamente passei a me reportar em escrita para que logo mais tarde na reunião mostrar aos irmãos o escrito!!!

Um sonho que era esperado há muito tempo. Eu sonhei com Você “JOSÉ SOARES”, sonhei que certo dia você encontrou sua “JOSEFA, SUA ZEFINHA”, sim e nesse sonho seu, todos somos o que somos; primeiro veio sua mistura fina, “JOSE + ANTONIO” seu pai e seu sogro, que nome lindo para iniciar uma família tão expressiva, Deus, Quem Tudo Sabe não quis que você ficasse com esse prêmio recebido, o levou para seu Éden.

Mas DEUS lhe presenteou logo no outro ano com uma belíssima cria que você escolheu um belíssimo nome que foi “CRIZEUDA”, diferente, porém belo e a tornou como primogênita, que honrou teu nome com uma belíssima família.

A vida segue, e continuo sonhando. Vem a minha mente de dorminhoco uma história de um casal que vingou, por não ter ainda o varão na família você continuou em sua trajetória de um bom feitor de filhos, um verdadeiro Garanhão.

Chega ao próximo ano seu rebento que escolhesse outro nome na letra C, chegou no mês de maio, mês de inverno, o nosso querido “CARLOS - Carrinho de Zé Soares” macheiro forte, porém um pouco econômico só produziu duas pérolas em sua geração, contudo com uma qualidade excelente, no caso desse irmão gostaria de acrescentar nossa semelhança física e até de perfil pois me acolheu no primeiro instante que sai de casa em busca da minha independência.

No próximo ano veio o “CLÁUDIO”que também Deus o levou para junto dele, por necessidades de gestão familiar tiveste que ir ganhar a vida longe de casa nos anos 50 porém já deixaste engatado, isto é, no ventre de tua cara metade aquela que divinamente escolhesse o nome de uma Santa muito forte, e colocasse seu Nome de “CÁSSIA”, sua trajetória desde seu nascimento foi difícil, tu estavas longe e não tinha nem mesmo visto sua chegada. Porem saiu de sua missão e veio conhecer sua cria, como ficaste satisfeito com a nova aquisição, porque não dizer um prêmio de Deus com a beleza de tua filha mimosa, ao longo de toda sua vida terrena minha comadre CASSIA foi uma Joia preciosa.

Mas voltando ao sonho visualizei que como um grande garanhão não perdeste a viagem e encaixou mais uma prenda no ventre de sua amada e belíssima jovem Mãe parideira, e de longe ao saber que aquela viagem fora proveitosa fez como um bom Cristão se apegou ao Santo Padroeiro do coração e escolhesse que se fosse homem seria FRANCISCO e se mulher, seria igual à tua Mãe “FRANCISCA”, essa temos um carinho todo especial, para nós meninos era a nossa “Titita”, para vovó Santa era “Bejinha” e para meu compadre Leonilton era sua cara metade, que chova ou faça sol eles estão ai e fizeram bodas de ouro, que Mamãe de longe deve ter vibrado com essa data, e em relação a minha querida “Titita” meu mais sincero obrigado, pois fui acolhido em sua morada e tive o prazer de ver toda sua prole ser constituída, e até ter um sobrinho/filho meu querido botafoguense LEU; eu quase acordei por emoção depois de ter visto essa irmã no meu sonho, me espreguicei um pouco e cai no sono e me veio novamente o sonho tão real, Mamãe oh menino que isso, você está vendo um filme! Respondi de pronto: não mamãe estou sonhando com uma família maravilhosa.

Em seguida não é que papai escorregou e botou pocando. Eu acho que até saiu fogo, pois veio uma preta belíssima com uns olhos claros e cabelos de Deusa, Oh nega bonita e exuberante! Essa papai e mamãe já estavam unidos em casa, pois papai havia concluído sua missão no Rio de Janeiro, a chamou de “CLAUDIA”, talvez em homenagem ao filho que voltou ao Pai, essa negona boa de matemática constituiu uma família top de linha da primeira até a última filha e no meio veio um Fofão, papai no sonho me disse “Tonho” era assim que ele me chamava, depois da pretinha ZEFA teve um probleminha e perdeu o ano, acho que vou dar um tempinho.

Nos idos de 1956 vai o “Galeguinho Top” iniciar novamente sua Jornada, e em 1957 chega o Zé, ele me disse bem baixinho: eu tive uma conversa com Deus e Ele me orientou para eu repetir os nomes já utilizados, e escolheu a mim o nome de “JOSE ANTONIO”, só que Pedro Bulhões esqueceu os acentos em meu registro, falar para mim no sonho ele não falou, porque minha imaginação não permite, tenho uma bela prole de quatro filhos e quatro netos.

Já que meu nome vingou no ano seguinte veio o Galego de Zé Soares que repetiu um nome de um filho e o chamou de “CLAUDIO”. Esse sim era a parte mais forte desse filho, desde sua infância foi um garoto inteligentíssimo, não que os outros não o sejam. Cláudio sempre foi diferenciado, estudioso ao extremo constituiu também economicamente uma pequena família de duas pérolas preciosas.

Logo no ano seguinte chega no seio da família a caçulinha das Muié (sic) o xodozinho do papai. Ele vendo aquela pequena bebê depois de dois varões escolheu o nome de “CELIA”, nossa querida Celinha. Pessoa do maior coração do mundo; absorve a todos com o carinho que lhe é salutar; teve uma vida um pouco complicada, no entanto como uma boa cristã recebeu as benesses e tirou de letra as dificuldades e as enfrentou com o maior amor de seu coração. Apesar de pequenina e ter coração que cabe em dois corpos, foi agraciada com uma filha e depois de todas as dificuldades recebeu a dádiva de Deus e ganhou por seu amor o filho que veio herdar o nome do mentor de tudo isso “JOSE SOARES CAMPOS NETO”, e de quebra um briguilinho DIMITRI.

Depois de minha comadre Celinha eu abri os olhos, já que isso seja um pleonasmo, pois tanto EU, CARLOS e CELINHA dormimos com os olhos abertos. Vi Papai me dizendo:
Tonho estava lembrando da Cláudia e botei pocando de novo e não é que veio um Negão na família, dessa feita veio um moreno alto, charmoso de olhos verdes que só gostava de bife que o chamei de “CLOVES”. Menino muito bom, educado, com um único defeito ser vascaíno kkkkkkkkk. O negão constituiu uma Família também pequena só um casal de filhos, pois foi retirado repentinamente de nosso convívio pelas estradas da vida, fato que nos entristece, mas aceitamos os ditames de Deus.

Logo no ano seguinte volta o Zé a mostrar as unhas veio o décimo terceiro filho que ele escolheu o nome de “CELSO”. Garoto bom, trabalhador foi um filho muito próximo de mim, dizia-me Papai, sempre ali me ajudando no bar e não deixava de estudar, foi econômico também na família só gerou um casal de filhos, e diga-se de passagem quem bota pocando é ele, até nas trompas ele fez menino.

E depois de toda essa jornada, mamãe achando que o Galeguinho chamado Zé Soares havia esquecido de como fazer menino e ela já com quarenta anos não gerava mais filhos veio o ponta de rama em plena revolução de sessenta e quatro chegou o “CESAR”. Papai me disse já agora cedinho, eu achando que estava amanhecendo: esse filho que vai encerrar minha carreira de feitor de meninos vou dar um nome expressivo, e ai estar o sivuca dos SOARES, que também acompanhando os últimos irmãos economizou e produziu duas pérolas preciosas.

Minha família amada, todos sabem como sou emotivo, se alguém quiser fazer essa leitura desse texto fique à vontade, pois eu dedilhando esse teclado chorei diversas vezes, avalie se eu fosse falar isso em publico, hoje véspera de Natal que o Filho de Deus que se tornou Homem e nos salvou tornando-se o Espirito Santo em sua Divina Misericórdia nos dê Um Feliz Natal e um Próspero ano Novo, Paz e Bem a todos!

Texto lido no encontro da família Soares no dia 24 de dezembro de 2018, nesse encontro estavam os nove irmãos, com seus filhos, esposos, esposas, netos, bisnetos numa quantidade de 114, mesmo assim ainda deixaram de comparecer cerca de dez membros da família que não puderam estar presentes.

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