Aracaju, 02/10/2010
Sertão sedento, caatinga rala,
Açudes sem água, o gado morrendo
Sol fremente, Asa Branca que foge,
A sede, a fome, o sertanejo sofrendo.
O juazeiro é forte, não se desfaz do verde,
Sua copa mesquinha serve de abrigo
A juriti que se aninha revelando o seu canto,
Fugindo da seca seu grande inimigo.
O solitário vaqueiro em seu cavalo veloz
Cansado, suado driblando a estrada,
À tarde sucumbe no rubro horizonte
Seu canto monótono conduz a boiada.
Ôooooooooooooo gado manso,
A seca castiga este sertão sofredor
Que chora e sofre comigo
Neste aboio gemedor.
Mas, o trabalho do vaqueiro
Nas entranhas do Sertão,
Sensibiliza a força do poder
Que outorga esta nobre profissão.
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