“Uma cidade sem história é uma árvore sem raiz”
(Marcello Souza)
Nas recentes décadas, a história da “Santana dos Meus Amores”, tem se mostrado o quanto é poderosa e criativa nos mais diversos segmentos da vida cultural, artística, esportiva, festiva, social e literária. Tempos que continuam vivos em nossas memórias e em outras direções.
Na Cultura, quanta saudade da biblioteca no primeiro andar da Cooperativa. Lá, aprendi juntamente com muitos conterrâneos o gosto pela leitura.
Já no movimento artístico, não tenho lembrança, mas ouço falar do teatro e das peças que eram apresentadas no Clube dos Artistas. Os jovens nem sabem que existiu.
Esporte era sempre em alta. O Ipanema no seu apogeu jogava de igual por igual com o CRB e o CSA. Desportista que fizeram história; Dernany, Buga, Índio, Maleiro, Lata d’Agua, Zuza, Jairzinho, Barata, Reginaldo Falcão (em destaque no esporte amador), Luiz Fumeiro e Solange. Lembrança dos torcedores fanáticos: Seu Otacílio, (Tatá), Zé Maximiano e Lourival Marchante. Lembram-se do Clube de Xadrez e do gamão? Bons tempos!
Enquanto nas Festividades, Santana sempre foi vocacionada para eventos relevantemente festivos, como as Festas da Padroeira, do Feijão, da Juventude, reencontro dos santanenses, carnaval, caminhadas do Homero e Floriano, São João , São Pedro, Natal , Ano Novo, etc.
Na Social, lembram quantos bailes com bandas famosas nacionalmente aconteceram no Tênis Clube? Quantos cantores afamados se apresentaram em Praça Pública e no Cine Alvorada? E os assaltos? Naquela época era um inocente encontro de jovens em férias, para se encontrarem, paquerarem e dançarem.
Santana literária! De: José Marques Melo, Valdemar Lima, Tadeu Rocha, Oscar Silva, Breno Accioly, Clerisvaldo Chagas, Lucia Nobre, Remi Basto, Marcello André Souza e Pedro Pacífico, Fabio Campos, José Coelho Neto, Manoel Augusto, José Malta Fontes, Antônio Sobrinho (Cupim),Avelar Alécio, Sergio Soares, Fernando Soares, José de Melo Carvalho, Lucia Azevedo, Joao Neto (Joao do Mato), Capiá, Djalma Carvalho, Zé Neto, entre tantos outros.
Nem tudo é passado. Continuam vivos todos os grandes movimentos festivos e sociais apegados as nossas recordações.
Mas hoje Santana mudou. Cresceu. O progresso chegou. E com ele muitas fatos, ocorrências... Histórias mudaram.
O hoje é que Santana se apresenta como uma cidade verdadeiramente polo de uma grande região, com crescimento nos mais diversos segmentos sociais e econômicos. Com uma população crescente e com as perspectivas de se tornar uma gigante na região sertaneja. Fico feliz!
Mas, o grande acontecimento mesmo, é o crescimento da quantidade de escritores que ora se desenvolvem em nossa terra natal. Creio que poucas cidades no Brasil do porte de Santana do Ipanema, possuem tantos trabalhos registrados, e tantos escritores nas mais diversas áreas do conhecimento humano como em nossa cidade. E cada vez mais se multiplicam os escritos publicados pelos santanenses. Santana é distinguida em ter tantos filhos ilustres.
Como já dizia José Marques de Melo, Santana do Ipanema é terra de poetas, contistas, cronistas, dramaturgos, romancistas, contadores de histórias, biógrafos, cineastas, historiadores.
Creio eu, que o Portal MaltaNet, entre outros, além de pessoas e instituições, têm contribuído com este crescimento de propagação cultural do povo santanense.
Segundo Marques de Melo, Santana do Ipanema: “Se reflete em seus artistas, em seus intelectuais, em seus professores, em seus estadistas (ou políticos partidários), em seus religiosos, em seus formadores de opiniões (ocupando os senadinhos), em seus radialistas, em seus jornalistas, em seus escritores, em seus poetas”.
Não posso deixar de falar em nomes como de: Zé Doidinho, Maria Cambão, Justino, Propicio, Corina, Mirindâo, Toni e Agissé, e outras figuras folclóricas que não retornam mais, porém, retratam também a identidade santanense e estão sempre em nossas lembranças.
Escritores santanense, avante!
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