Na era da informação, encontraram-se o livro e o computador. E iniciaram uma conversa nada amigável:
- Livro, o que tu fazes ainda nas escolas, nas bibliotecas, nas casas? Teu espaço está se fechando. Eu, o computador, com a internet e tudo mais que o sistema produz sou o seu substituto nota 10.
E o livro olhou para o computador e falou:
- Tu tão inteligente, sabes tanto, mas desconhece o meu valor! Na forma impressa circulo no meio social e distribuo saberes tanto quanto tu.
Mas o computador não quis aceitar aquela justificativa. Continuou apresentando suas qualidades. Disse que era muito ágil na circulação das informações. Nada o poderia superar.
O livro não podia negar o fato. Era verossímil as palavras do computador. Sabia que a rapidez da informatização contemplava uma das grandes necessidades do mundo atual.
O computador todo pomposo, convencido de sua superioridade quis fazer outras demonstrações de sua grandeza.
Então, chegaram muitas crianças, jovens e adultos querendo pesquisar, navegar, conhecer coisas novas, obter informações, viajar sem sair do lugar. O computador se apresentou e foi a atração principal.
O livro estava calado somente observando tudo. Ele possuía tantas palavras, queria dizer tanto. Porém, com suas páginas fechadas, calou-se.
Num dado momento... Como muita gente queria pesquisar e ler ao mesmo tempo ocorreu uma falha na energia e o computador parou. Não pode mais contribuir e adormeceu.
O livro abriu bem os olhos, sorriu; não de alegria por ver o seu colega com problemas, mas por saber que seu valor em papel impresso, é tão grandioso quanto às maravilhas das inovações tecnológicas.
Uma criança correu até o livro, abriu suas páginas e começou a ler. Por trás das letras descobriu tanta coisa que ainda não sabia! Ficou tão feliz e não deixou de ler nunca mais.
Todas as pessoas que estavam naquele lugar correram ao encontro de livros e se encheram de conhecimento; conseguiram pesquisar e fazer viagens diversas sem sair do lugar.
Quando o computador acordou, após a recuperação da energia, reconheceu que não era infalível. Percebeu que o livro continua atualizado e que, todos os recursos de pesquisa e leitura têm valores extremamente relevantes para a humanidade.
Moral: Nada poderá substituir o livro impresso; o seu valor permanece de forma intensa, convidativa, necessária. As tecnologias são modificadas, ampliadas e renovadas para facilitar a vida humana. Isto é fundamental, mas existem aquelas que mesma velhas, se tornam novas e são insubstituíveis.
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