As pessoas encontram realizações de diferentes modos. Sempre que participo de uma Bienal, seja em Maceió ou fora, aliás, fui só uma vez para a de São Paulo. Mas valeu como se tivesse participado de todas. Foi uma experiência que marcou todos os escritores de Maceió que dela participaram. Posso descrever, mas a emoção é de quem participou.
O avião quase lotou com os escritores alagoanos rumo a 17 Bienal de São Paulo. Era 25 de abril de 2002. Fomos muito bem recebidos no grande salão da Bienal. Lá lançamos nossos livros, conhecemos diversos escritores, até fizemos discursos alagoanos. Antes de chegarmos A São Paulo, passamos no Rio de Janeiro, assistimos o lançamento do livro de ledo Ivo, “Ninho de cobras” na Academia Brasileira de Letras. Lá estavam os ex- governadores de Alagoas, Ronaldo Lessa e Divaldo Suruagy. E mais dois escritores alagoanos que residem no Rio de Janeiro. Cléa Marsiglia e Oliveiro Litrento.
Tudo isso marcou os escritores alagoanos. A mim também. Principalmente, quando encontrávamos caminhando pelo grande salão da Bienal, escritores conhecidos e parávamos para conversar e trocar autógrafos. Entre eles, Ariano Suassuna, Ziraldo e Zélia Gattai. No entanto, as Bienais de Maceió são mais importantes sem nenhuma dúvida. A primeira Bienal de Maceió, 17/09/1998 no Iate Clube Pajussara, promovida pela EDUFAL, tendo como diretora a Professora Leda Almeida. Nesta, lancei O Sonho de Alice. Ali, também nos reencontramos vários santanenses como José Ormindo, Maria do Carmo Nepomuceno, a professora de português Maria Luísa Lessa Wanderley, Dona Hilda Rego e as filhas, Geraldo Brandão, Fátima Brandão com os filhos e outros amigos.
A Terceira Bienal Nacional do Livro de Alagoas, realizada no Centro de Convenções de Maceió, 19 a 28 de outubro de 2007. Foi de grande prestígio para os santanenses, a instalação do Estande do Portal Maltanet. Lá os conterrâneos se encontraram, viram e compraram livros expostos. Particularmente, estava realizada. A maior atração para os que passavam e visitavam o Estande, segundo Malta, foi a exposição de uma obra de arte feita a partir de sucata pelo escultor Manoel Belarmino. Essa obra retrata o sertanejo pensativo, fumando seu cachimbo, com sua enxada, instrumento de trabalho e do seu lado descansando seu fiel amigo “Baleia”, nome do cão atribuído pela maioria dos visitantes, associando a escultura aos personagens de Vidas Secas do escritor alagoano Graciliano Ramos. Segundo Malta, crianças e adultos, ao se aproximarem do estande, perplexos e admirados, saudavam Baleia e Fabiano. Eu, uma dessas visitantes, antes de cumprimentar Malta e seus filhos, que simpaticamente sorriam, saudei Baleia e Fabiano.
A IV Bienal Internacional do livro de Alagoas de 30 de outubro a 8 de novembro de 2009, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso. Nela, recebi meu crachá de autora e lancei dois livros com o patrocínio da CAPEAL. Mas, isso não foi tudo. O que marcou para sempre, foi a presença de santanenses neste estande. Tínhamos marcado um encontro com Malta e José Melo, que veio com o professor Sávio e ia se encontrar com José Gentil e Manoel Valter. Todos felizes chegamos ao estande e apresentamos ao pessoal da CAPEAL e aos escritores presentes, o professor e jornalista José Melo, patrono da Bienal. Naquelas noites de encontros culturais José Melo era a personagem mais importante. Para os conterrâneos era motivo de orgulho. Para completar o quadro, chega mais um escritor santanense para nos alegrar, Djalma Carvalho.
Para completar a beleza da Bienal de 2009, o Portal Maltanet conseguiu um lugar para expor os livros santanenses, 7 de novembro, em uma tarde de sábado. Era a “Praça dos Autógrafos”. Centro da Bienal, lugar mais animado não poderia ser. Por ali, passavam todas as pessoas. Foi o maior sucesso para todos nós que estávamos lá. Tudo arrumado com muito esmero e os santanenses foram chegando com alegria. Djalma e José Carvalho, José Marques de Vasconcelos, a prefeita Renilde, Romildo e Salete Pacífico, toda minha família, as escritoras Ruth Quintela, Lourdes Nascimento, amigos e convidados.
Estamos aguardando a V Bienal que será no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no período de 21 a 30 de outubro de 2011. Abertura Oficial em 21 de outubro às 19 horas e Abertura para a Comunidade em 22 de outubro às 10 horas. “Pavilhão de Feiras”. Encontrar-nos-emos!
Comentários