Como se não bastasse
A avalanche de desordens
Ninguém obedece às ordens
Que emana do saber,
Os políticos enganadores
Fingem sentir as dores
Que corroem o cidadão,
Fazendo o povo entender
Que é difícil aprender
Sem os áureos da educação.
A safadeza é geral
Até mesmo no Ministério
Onde envolve um mistério
Berço da corrupção,
Lá o néscio é mais sabido,
E o prudente desentendido
Desconhece a razão,
Tira tudo que é do pobre
Usufrui de tudo que pode
Sem pensar na educação.
Fui um menino desprovido
Batalhei para estudar,
Galguei no Grupo escolar
Padre Francisco Correia,
E como num conto de fada
Sendo eu filho de um guarda
Fiz das tripas o coração,
E depois de anos passados
Vejo o meu Grupo tombado
Pelo desprezo a educação.
Minhas professoras,
Do ensino, acrobatas,
Iracema, Marinita, Iluminata,
Pelo nosso aprendizado
Diva, Ilda, Leopoldina,
Maria de Lourdes e Durvalina
Todas, do ensino a devoção
Semearam o carinho e a paciência
E no limiar da prudência
Abraçaram a educação.
Padre Francisco Correia
Uma lembrança uma saudade
Que traduz a vaidade
De ter sido teu aluno,
Hoje no cansaço dos teus dias
Choras na agonia
Querendo se levantar,
Meu sentimento é profundo
Ao vê-lo assim moribundo
Meu Velho Grupo Escolar.
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