SENTADO À BEIRA DO PANEMA

Poemas

Remi Bastos

Paródia de: Sentado à beira do caminho

Já não posso mais ficar aqui, a esperar
Que um dia o Panema beba água
E eu possa me afogar.
Hoje seco, tudo treme à distância
O calor é de lascar,
Este rio que um dia teve água
Agora padece a mágoa
Sem ter mais nada pra dar.

Preciso acabar logo com isso, (Refrão)
Prefiro dizer que existo
Mas desisto, não insisto, (bis)
É o progresso no ar.

O seu leito destruído,
É um armazém de lixo
Além de pedras e areias,
Baratas, cobras e ratos
Eu acho tudo isso um chato
É pior que coisa feia.

Preciso acabar logo com isso, (Refrão)
Prefiro dizer que existo
Mas desisto, não insisto, (bis)
É o progresso no ar.

Aracaju/03/2011

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