CARTA AOS TIOS (PEPÊ) PEDRO PACÍFICO FILHO E TIA LAURA PACÍFICO

Crônicas

Lúcia Nobre

Domingo, 19 de setembro de 2010. Mesmo domingo, acordamos cedo. Everaldo foi à missa e eu pensei em caminhar. É um exercício necessário. Quando tomava café, lembrei-me do dia 16 de setembro, dos eventos importantes que aconteceram em Santana do Ipanema, a terra dos nossos amores. Não mais me animei com a caminhada, resolvi escrever aos tios, que moram em Recife. Serão informados dos acontecimentos da terra natal. Tia Laura com 85 anos, e Tio Pepe com 89, estão ligados ao que se passa com seu povo e sua terra. Toda semana, recebo um poema da autoria de Pedro Pacífico filho. Os seus poemas sempre falam de amor e também da crueldade da guerra que participou como enfermeiro. Segunda guerra mundial.

Meus queridos tios, sempre estamos em Santana, tanto para visitar nossos familiares que lá residem, como para participar de eventos, também, importantes. Dessa vez, apresentamos uma coletânea de histórias de nossa terra e de nosso povo. Vários escritores contribuíram com esta obra cultural. “Sertão Glocal”. Digamos que, Santana atualizada ao mundo. Santanenses, residindo em Santana, em Maceió, em outros estados, não negam suas raízes, estão sempre conectados com os acontecimentos da terra de Senhora Santana. Com certeza, receberão o livro. Durante a solenidade do lançamento, Pedro Pacífico Filho foi enunciado como mais um escritor santanense. Denomino-o “o poeta da guerra”.

Um motivo, também maior, que me incentivou a escrever-lhes, neste domingo, foi a alegria de encontrar netos de Tio João Clímaco, que se apresentaram felizes, identificando-se como filhos de Edmundo, nosso primo, filho de Tio João Clímaco e Tia Moreninha. Jovens bem sucedidos, professores do Ginásio Santana, Paulo Roberto e Glória. Paulo representou com palavras, os professores do Ginásio Santana, que prestavam homenagem aos ex-alunos. Estavam comemorando uma grande festa: sessenta anos da escola de todos os santanenses. Todos estudamos no Ginásio Santana. Graças a ele, somos o que somos hoje. A partir da educação que recebemos ali, podemos continuar pelo mundo afora. Os nossos mestres também se preocupavam com a conduta moral dos jovens que lá estudavam. O conterrâneo José Marques de Melo, jornalista conceituado, esclareceu que tudo que aprendeu no Ginásio Santana, serviu de base em sua trajetória intelectual.

Queridos Tio Pepe e Tia Laura, queria falar dos filhos de Tio João Clímaco e mencionei os eventos acontecidos em Santana. Tenho o costume de falar demais. É porque gosto de mostrar o bom, o agradável, o que nos eleva. Voltando a outro evento, esse, em julho de 2010, no lançamento do livro “A Sombra da Quixabeira”, outro neto de Tio João Clímaco, Ronaldo, filho de José Clímaco, foi homenageado. Com tudo isso, tenho certeza que mando boas notícias dos descendentes de Pedro Pacifico dos Santos, agricultor das Lagoas do João Gomes e Angelina Amélia dos Santos, a querida professora da região. E do irmão João Clímaco e sua esposa Moreninha. Irmãos que desbravaram as terras das Lagoas do João Gomes, do município de Santana do Ipanema das Alagoas.

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