DIÁLOGOS COM SANTANA ICONOGRÁFICA de Zabé Brincão aos nossos dias.

Crônicas

José Malta Fontes Neto

Tive a honra de receber esta semana o livro diálogos com SANTANA ICONOGRÁFICA de Zabé Brincão aos nossos dias de autoria da santanense Maria do Socorro Ricardo.

No contexto dessa obra, o escritor Djalma Carvalho cita o primeiro livro da autora Maestro José Ricardo Sobrinho – um Mágico da Música afirmando que leu de uma sentada. Eu utilizo a forma do nosso querido Djalma mas com uma outra expressão bem parecida “de um fôlego só”.

Uma excelente obra que retrata nossa querida Santana do Ipanema de uma forma diferente. O passado e o presente juntos. Personagens que fizeram história desde os mais antigos como Zabé Brincão, aos mais recentes como o empresário Roberval Ribeiro que, em parceria com Marcelo Ricardo Almeida, conseguiram lançar em Santana do Ipanema uma revista em quadrinhos e manter por certo tempo o Jornal do Sertão que funcionava na Rua Benedito Melo.

Fotos históricas e dados importantes também são apresentados na obra. Como começa com Zabé Brincão, uma negra que nasceu absolvida da escravatura pela Lei do Ventre Livre, que também dá o subtítulo ao livro, nas páginas 39 a 43, a escritora transcreve a Lei número 2040 de 28 de setembro de 1871 a qual tornava livre todos os filhos de escravos que nascessem daquele dia em diante.

O livro apresenta dados históricos importantes e a evolução de aspectos de Santana do Ipanema, como Educação, com ênfase aos primeiros Grupos Escolares, Escola Penina Pereira, às primeiras Professoras que chegaram a nossa cidade; segue enfatizando o anseio dos santanenses pela implantação de uma unidade do IF-AL (Ex-CEFET), sonho esse que está bem próximo de se tornar realidade. Ainda no segmento educação, destaca a autora a implantação da UNEAL.

A autora mostra os movimentos folclóricos e culturais como Teatro e nesse ponto me identifico pois fui um dos espectadores de peça do teatro feijão-com-arroz, criado pelo Dr. Marcelo Ricardo de Almeida. Lembro-me da peça A Fila do INPS que, durante um bom tempo, ficou em cartaz no auditório da Escola Sagrada Família que ainda hoje mantém a estrutura que poderá servir para apresentações teatrais. Nesse ponto, Maria do Socorro não esqueceu de citar nomes que fizeram o teatro santanense iniciando a lista com a Albertina Agra.

O Jornalismo e os veículos de comunicação e os profissionais dessa área também foram retratados desde a Rádio Candeeiro até os portais maltanet.com.br (o pioneiro) e sertao24horas.com.br e santanaoxente.com.br.

Por fim, a escritora dá ênfase a vários comentários de profissionais competentes sobre a sua primeira obra que citamos no início desta crônica e que também faz parte do nosso acervo.

De Parabéns Maria do Socorro Ricardo. Que essa obra possa chegar aos demais irmãos santanenses, pois descreve fielmente vários pontos de nossa história que precisa ser mostrada para a geração que ora se forma.

Santana do Ipanema, 23 de agosto de 2009

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