IDADE DO EROTISMO

José Vaneir Soares Vieira

"Todos os outros pecados que a pessoa comete são de fora do corpo, mas quem fornica, peca contra o próprio corpo" (1 Coríntios 6.18)

A época em que vivemos poderá ficar conhecida como a Idade do Erotismo. O amor sexual se tornou uma forma de culto. Entre os homens civilizados, Eros tem mais adoradores do que qualquer outro deus. Para milhões, o erótico tem substituído completamente o espiritual. Há uma cultura do sexo.

Não é difícil determinar como o mundo caiu nesse estado. Fatores contribuintes são os modernos meios de comunicação, que são os facilitadores para espalhar tanta imoralidade e permissividade na sociedade; nunca assistimos um momento em que esse estado erótico, imoral, caótico e liberal tenha se instalado tão violentamente na nossa geração no que concerne ao sexo; quem não tem vergonha de se colocar a assistir com sua esposa e filhos qualquer programa de televisão no chamado “horário nobre”? Se não há vergonha é porque se relativizou, se desavergonhou com a canalhice e safadeza desses programas e seus promotores que buscam somente o lucro e espalhar a sujeira nas famílias.

Tudo o que se vende nele está embutido o sexo, o corpo jovem e sensual da mulher e do homem. Sexo é um prato cheio, sempre vestido de uma roupa diferente para atrair as pessoas já saturadas de sexo e imoralidade.

O sexo estar presente todos os dias e todas as horas nos canais de televisão e diante de nossos olhos. Não é difícil perceber a exposição de corpos seminus à nossa vista, sempre seduzindo, atraindo e convidando o oposto à prática de relação sexual.

Juntemos a tudo isso dezenas de campanhas de propaganda concebidas inteligentemente, que transformam o sexo em isca não muito bem disfarçada (maioria das vezes de maneira aberta e , escandalosa), a fim de atrair compradores para quase todos os produtos imagináveis; os escritores infames que consagraram suas vidas à obra de tornar conhecidas as levianas e falsas nulidades, utilizando personagens que têm carinha de anjo e moral de prostituta; novelistas sem consciência que alcançam fama duvidosa e enriquecem à custa da perniciosa ocupação de drenar do esgoto de sua alma podridões literárias que entretêm as massas. Tudo isso nos mostra como Eros conseguiu triunfar sobre o mundo civilizado.

Um dia, toda essa fétida sujeira ruirá sobre si mesma, tornando-se um excelente combustível para o fogo do inferno, uma justa recompensa, fazendo-nos ter compaixão daqueles que forem engolidos na sua trágica ruína. Se as coisas fossem diferentes do que realmente são, as lágrimas e o silêncio seriam melhores do que as palavras. Mas o culto de Eros está afetando a todos, mesmo os mais moralistas. A límpida religião de Cristo, que flui do coração de Deus como um rio cristalino, está sendo poluída pelas águas sujas que escorrem do altar da abominação que se vê em todos os outeiros e debaixo de todas as árvores, em todas as partes de nosso país.

A influência desse espírito erótico está sendo percebida em quase todas as camadas da sociedade. As músicas cantadas transpiram sexo e imoralidade. Ouvir as músicas atuais é como se deixar seduzir pelo pecado mental da imoralidade; é fazer uma viagem erótica a qualquer motel praticando toda perversidade sexual instigada pela apelação que tais músicas e coreografias dessas músicas podres incita à mente e coração.

Os impulsos libidinosos são atiçados pela imagem do Eros, da mulher seminua (nua) e provocante, pela dança que indica a disposição ao sexo.

É preciso ter consciência que para tudo há um preço a ser pago pelo produto que se consome. Há um preço enorme a ser pago pelo adultério cometido, pela fornicação dos solteiros, da prostituição daqueles que vendem o corpo, da anormalidade do homossexualismo e lesbianismo, da pornografia que alcança todos os espaços e que atinge milhões de pessoas, corrompendo os sentidos e tantas outras formas de se praticar a imoralidade sexual. Deus vai cobrar ao final de cada pessoa que decidiu viver e fazer do sexo uma prática imoral, anormal e fora dos padrões por ele estabelecidos (sexo dentro do casamento), cujo preço será impagável.

Pense nisso.

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