AS COISAS QUE SÃO IMPORTANTES

José Vaneir Soares Vieira

"E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração" (1 Pedro 4:7).

Há uma pergunta que deve nos inquietar até que respondamos com honestidade: "As coisas que não importarão para nós na hora da morte, não importam agora também"?

Quando a gente pensa no fim do mundo como retratado no cinema e em outras artes da cultura, a gente percebe que naquele momento de tragédia, de desgraça, todos os bens materiais não têm qualquer valor, preço ou importância. São deixados de lado, mesmo que se trata do carro mais valioso ou mesmo de muito dinheiro. Porque naquele momento, o bem material não serve para nada.

Pense em você: Se você estivesse num deserto morrendo se sede e já fosse o terceiro dia sem água, já no limite da vida, pois depois de 3 dias você vai morrer caso não tome água e nesse momento você achasse num Oasis muito ouro e diamante, você se alegraria? Você pularia de prazer pela riqueza encontrada? Diria: "Vou resolver todos os meus problemas". Certamente que não! Naquele momento, você daria toda a riqueza por um simples copo de água...! Porque o dinheiro naquele momento da vida não tem qualquer importância. A água tem importância!

Haverá algo importante para nós no fim de nossa vida quando tudo estiver sob escombros, quando estivermos partindo para sempre desse mundo?

A Bíblia diz a respeito de Jesus:“Ele virá pra julgar os vivos e os mortos”. O que vamos fazer sobre isso agora? Qual a importância que vamos dar ao que Cristo falou? A Bíblia não diz, “armazene água e comida e barras de ouro, guardem e estoquem para a vida humana”. Ela diz: “Sede sóbrios e vigiai, se preparem para o fim” –

Somos capazes de separar o que é importante e o que não o é? Você teria dificuldade de jogar fora aquilo que não é importante? Com o que devemos parar de nos preocupar, ou se apegar, se o fim está próximo? Numa das resoluções de Jonathan Edwards ele diz: “Resolvi não fazer nada que eu não fizesse se soubesse que este era o último dia da minha vida!”

Todos nós estamos indo em direção da morte e essa ida é inexorável, inevitável.

O fim do mundo é quando todos nós nos encontraremos com Deus – e isso, de qualquer forma, não está muito longe. O que importará então? E as coisas que não importarão naquele momento, não importam agora?

Se soubéssemos que é o fim está próximo nos prepararíamos para esse encontro com Deus? Se tivermos conhecimento de que Deus vai nos chamar amanhã, não iríamos nos reconciliar com Ele, não buscaríamos o perdão em Cristo?

Um pregador antigo Martyn Lloyd-Jones dizia. “Quando tudo está bem, muitos usam seu tempo para finais de semana na praia, viagens, entretenimento, festas, lazer, diversão e outras coisas, pois precisamos descansar, precisamos relaxar, precisamos escapar do stress diário. E esse pregador dizia: "Certo, faça isso mesmo, “mas sejam coerentes – quando o infortúnio chegar, quando a dor vos alcançar, quando os problemas desabarem e tudo o mais fizer doer em vossa carne, então vão e façam a mesma coisa, tirem férias para relaxar...!" (Ele usa de ironia para mostrar como somos tendentes a esquecer de Deus quanto tudo vai bem).

Sabe, ninguém faz isso, porque a dor nos faz aproximar de Deus, nos leva a orar, buscar e encontrar Nele, não necessariamente a cura, a solução, mas primeiramente encontrar ELE mesmo, encontrar Sua graça, Sua misericórdia. Deus quer através da dor, do desconforto, do infortúnio nos levar a Ele. Ele quer se revelar a nós. Esse coisas contraditórias são bênçãos, pois quando o ser humano estar em Deus, ele estar seguro. Fora de Cristo não há segurança alguma, não há paz, não há alegria. Tudo é morte. Por isso há razão para vivermos Nele.

Vivamos com os valores eternos em vista! Não vivamos com os valores do mundo e de sua cultura na nossa mente e coração. Vivamos com os valores de Deus em nossa vida e, assim, iremos perceber, quanto sem importância são as coisas materiais deste mundo e que hoje elas não têm valor algum, como não o terão no dia de nossa morte.

Pense nisso!

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