A gente para...
Para de se importar... pois se todo mundo vira as costas, baixa as vistas e finge que não ouviu o grito de dor, o clamor, o ranger dos dentes?!?
Para com a mania de querer fazer a diferença... pois se na sociedade da demência o individualismo, a cegueira moral, o pedantismo e a (in)formação levam a maioria ao conformismo e á robotização da pessoa humana?!?;
Para de tentar... pois ninguém comunga das mesmas ideias e ideais de mudança para algo melhor, algo que vá servir para outrem, algo que possibilite aqueles que vivem a morte da existência?!?
Para de buscar sempre fazer o hoje melhor que o ontem... pois se a cada dia a gente percebe que essa é uma luta solitária, e que por conta desse querer muitos ficarão magoados, raivosos, desgostosos, haja vista a condição atual não carecer mudanças, pois a ordem não pode ser quebrada?!?
A gente para de beber... para de dançar... para de ver novela... para de cantar... para de tocar violão... para de ir á igreja... para de gostar de vídeo game... para de jogar ximbra... etc.
É, realmente depois de algum tempo a gente para... Mas o que não dá para parar é a nossa infinita capacidade de TENTAR transformar sonhos em realidade!! De querer fazer com que o outro seja feliz e independente... por mais que o tempo passe não dá para parar de TENTAR ensinar... pois é algo que se faz no dia-a-dia da pessoa humana do(a) professor(a) através da educação.
Nenhum outro profissional é tão importante para uma sociedade quanto o(a) professor(a). ELE(A) FAZ médicos, advogados, engenheiros, policiais, delegados, garis, prefeitos, governadores, presidentes, radialistas, webmasters, pais e mães... isso mesmo, pais e mães!!! Ao final da jornada poucos são os que reconhecem a contribuição do(a) professor(a) na sua formação. Alguns dizem que estudaram sozinhos... e esquecem do ler e escrever, do contar e recontar his e estórias, esquecem do calcular que foi ENSINADO por alguém, alguém que nem lembra o nome. Mas quem não se lembra do nome do médico que operou seu filho?
Ser professor(a) é árduo, exigente, e por vezes desumano!!! E as causas são as mais variadas possíveis: alunos que não se interessam e ameaçam, diretores perseguidores e desumanos, falta de condições de trabalho, número excessivo de alunos por turma, etc.
Quando morre um(a) professor(a) uma parte da consciência também morre. Não apenas o humano, a carne. Mas também o intelecto, a possibilidade de mudar a sociedade pelo conhecimento e não pela guerra.
Qual a importância daqueles professores que te ensinaram a ler, escrever as coisas, a contar e calcular geométrica/fisicamente, a pensar filosoficamente sobre o mundo?!? Aqueles professores que te ajudaram a ver a geografia da vida, a matemática das relações, a história através do tempo humano e divino, diz ai?
Professor(a) é o ÚNICO TÍTULO que não se esvai com a aposentadoria!
Dedico a:
Fabio Campos; Suely Malta; Marcelo Fausto; Clerisvaldo Braga da Chagas; Gileno de Melo Carvalho; Washington Bonifácio; Valter Alves Filho; Gorete; Selma, Adriano Januário, Pr. Elânio, e todos(as) os(as) Professores que fazem da sala de aula um espaço de POSSIBILIDADES.
In memorian
Marcelo José
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Entenda-se educação como sendo o meio pelo qual alguém aprende/apreende algum conhecimento e a partir deste se emancipa, e se promove enquanto pessoa. Ela pode ser formal ou informal. A formal é vivenciada na academia, já a informal se dá nos mais variados segmentos da vida humana e independe do credo politico, condição social, condição econômica, raça ou sincretismo religioso. Pode-se entendê-la como sendo a mensuração do saber em detrimento de uma necessidade emergencial, mas também pode ser uma herança cultural que é perpetuada.
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