É SENDO FIEL A DEUS QUE AO CLAMARMOS, SEREMOS ATENDIDOS

Pe. José Neto de França

Certo dia, numa conversa informal com um grande amigo, Messias, procurando resenhar com os acontecimentos da minha própria vida e da vida dele, independentemente se foram bons ou ruins, comecei a citar alguns momentos em que sofri risco de morte:

Quando criança, residindo no bairro da Floresta em Santana do Ipanema, e ao retornar do Grupo Escolar Pe. Francisco Correia, na crise de pânico que estava por ter que atravessar de canoa de uma margem à outra do rio Ipanema, em época de cheia, soltei a mão de minha irmã Auta, corri e tentei passar “a pé” por uma passagem mais estreita onde havia um “afunilamento” do leito. Quando estava a ponto de colocar o pé na água, alguém me pegou e tudo apagou. Vi-me depois, já do outro lado do rio, chorando, no braço de meu pai.

Quando tinha de cinco para sete anos e, contrariando uma ordem de meu pai, subi numa carroça de burro que meu pai havia deixado à frente da casa em que morávamos, dei uma “lapada” com um chicote, no burro que estava atrelado a ela e ele. O burro, saiu em disparada, provocando o acidente, virando a carroça e me jogando por cima de uma cerca sobre umas pedras que havia no cercado ao lado da estrada... Tive somente arranhões. Sem contar uma pisa por causa da traquinagem.

Quando, entre oito e dez anos, sofri um sequestro relâmpago e estive sob a mira de um canivete sendo passado, levemente, sobre minha garganta e peito ouvindo o sequestrador dizer que iria me sangrar e beber o meu sangue. “Do nada”, ele tomou o que eu estava levando e mandou eu correr sem olhar para traz... Ficou somente o trauma por algumas semanas.

Quando, ainda pré-adolescente, e pedalando em uma bicicleta em alta velocidade numa rodovia estadual, mais precisamente entre Santana e Olho d’Água das flores, no tempo que essa estrada ainda não era asfaltada e um automóvel que vinha logo atrás de mim, buzinou e eu me assustei e caí. Na hora, tentei defender somente a cabeça, o resto do corpo, simplesmente, deixei que fosse lançado na margem da rodovia. Ralei-me todo, mas saí lucrando. Não morri.

Na adolescência quando, na ânsia de não dormir para ter mais tempo de estudar, viciei-me em coca-cola com café. Pouco tempo depois tive um problema estomacal sério que me fez ter que passar por um tratamento seríssimo.

Também, na adolescência, quando um amigo que trabalhava em uma farmácia me falou de uma injeção que evitaria que eu cansasse, independentemente do esforço que fizesse e eu me prontifiquei a tomá-la. Num domingo, de manhã, ele mesmo aplicou. Fui, de bicicleta, até a casa de meus tios que ficava a 12Km da cidade, joguei bola, brinquei muito, voltei no mesmo dia à tarde, e aconteceu exatamente o que ele disse: nada de cansaço. Porém no outro dia amanheci com dores até nos “caroços” dos olhos. Foi terrível. Só Jesus mesmo para evitar que eu não tivesse uma reação adversa mortal.

Quando tinha uns dezesseis anos e, sem saber nadar, inventei de lançar uma rede (de pesca) no rio Ipanema e, desequilibrando-me, caí na correnteza... O medo de morrer fez-me aprender a nadar instantaneamente.

Ainda com uns dezesseis anos, quando trabalhava na Casa o Ferrageiro e ao passar por uma prateleira onde ficava umas barras de ferro, uma caiu, passando a centímetros de minha cabeça... Só tive mesmo o susto.

Com um pouco mais de vinte anos, em São Paulo, quando passando à frente de um prédio (na época pertencente ao BANESPA), no início da Avenida São João, alguém lançou uma laranja de um dos andares e ela passou “raspando” na minha cabeça. Ao cair ao chão esmagou-se completamente. Se tivesse pegado em mim, certamente teria me levado à óbito.

Um livramento de um assalto certo, em Araucária/PR, ao perceber quatro pessoas que estavam há algumas quadras da rua por onde eu estava andando. Mudei de lado duas vezes e elas mudaram também, quando tive a ideia de colocar a mão no bolso e simular uma arma. Mesmo em pânico, segui em frente não dando sinais do receio que estava. Eles, simplesmente mudaram de lado da rua e me deixaram em paz.

Quando tive uma decepção muito grande por ter gerado uma grande expectativa em relação a algo que esperava e não saiu como desejado. Acabei somatizando a decepção e corri risco de um problema mais sério de saúde.

Quando outro dia, também na capital paulista, na primeira metade da década de 80, tinha ido ver umas lojas de eletrônicos que ficava na Rua Santa Ifigênia e, ao retornar, estando na calçada à frente da Igreja, ao me preparar para atravessar a Av Tiradentes, o sinal abriu para mim e eu, imediatamente, coloquei o pé na rua. Nisso, um carro furou o sinal e passou em alta velocidade a minha frente. Senti a mão de alguém me puxando para trás. Tomei um grande susto! Olhei para ver quem me salvou de ser acidentado, mas não vi ninguém.

Quando no final de abril de 1988 sofri um edema pulmonar, sangrei muito, mas acabei sendo curado quando estava à frente do Santíssimo Sacramento.

Quando sofri um acidente na BR entre Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema, enquanto dirigia uma Kombi, caindo de uma ponte e dando várias capotadas.

Quando sofri outro acidente na Fernandes Lima, em Maceió, enquanto estava parado no semáforo e uma caminhoneta D-20, sem freio, bateu na traseira do veículo que eu estava. Fazendo com que eu quase quebrasse a coluna cervical (tenho um desvio nessa parte da coluna até hoje).

Mais um acidente, agora com um Gol 1000, onde ele ficou totalmente danificado (o seguro deu perda total), e eu não tive nem um aranhão.

Outro acidente, agora com uma caminhoneta Chevrolet S10. Por causa de um cavalo que entrou na pista, tive que escolher entre bater de frente em um automóvel ou nele. Optei por ele. Acabei com uma parte da frente do carro, mas não sofri nada.

Também um acidente, onde um ônibus desgovernado atropelou a caminhoneta que eu estava dirigindo, acabando com o lado direito dela. Escapei ileso.

Quando, em função de umas intrigas que nada tinha a ver comigo, prepararam uma emboscada para mim e faltando uma semana para o tal acontecimento, uma pessoa soube e “desfez o nó” que alguém tinha dado. Eu fiz questão de visitar todas os supostos mandantes.

Quando um desafeto meu (na época), tentou me jogar fora da pista. Eu estava com um Gol 1.6 e ele com uma Caminhoneta-AL-200. Hoje ele é meu amigo. Na verdade, jamais o considerei inimigo.

[...]

Citando uma frase popular, meu amigo, disse que se eu estava parecendo um “gato de sete vidas”.

Rimos muito quando eu falei que se fosse pensar assim eu já estaria devendo vidas para o tal “gato”, já extrapolei todas elas.

Logicamente que não acreditamos nessas coisas. Mas serviu para darmos boas risadas.

Certamente que já passei por outras adversidades, mas que não me recordo mais...

Na verdade, todos nós seres humanos, passamos por altos e baixos ao longo de nossa vida.

Certamente que os livramentos que tive veio de Deus e de ninguém mais. Ele tinha e ainda tem um plano para mim.

É sendo fiel a Deus que ao clamarmos seremos atendidos.

O resto a gente vai levando...

Mas eu lanço aqui uma pergunta:

Quais os riscos que você já passou em sua vida? Certamente que se você está lendo esse texto é porque Deus te livrou; te deu uma sobrevida em todos eles.

Enigmas da vida...
EGO, ME IPSO!!!
[Pe José Neto de França]

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