Do livro É Urgente Reeducar!, que lancei na 21a Bienal do Livro de São Paulo, em agosto, trago hoje alguns extratos.
Fazer prece (que se assemelha a meditar) constitui um entrelaçamento entre a Terra e o Céu, uma interação de Paz, de Fraternidade, de Solidariedade, de sentimento de compaixão uns pelos outros na hora da dor e da alegria, a despeito de crença ou descrença. Não se ora apenas quando nos ajoelhamos de corpo ou espírito diante do Poder Superior. Sobretudo, quando nos amamos uns aos outros tanto quanto Jesus nos tem amado, quanto Moisés amou, quanto o Profeta Muhammad — “Que a Paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele!” — amou, quanto Buda amou, quanto Lao-tsé amou, quanto Confúcio amou, quanto Zaratustra amou; e conforme incontáveis missionários de Deus trouxeram à Terra uma mensagem de Paz, de Misericórdia, de Conhecimento, de Fraternidade. E o mundo precisa tanto disso para sobreviver! Eis por que é necessário que haja forte atenção à disciplina além do intelecto (só o intelecto humano não basta), conforme propõem a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico. Elas são isso. Representam o encontro com Deus, o Criador Supremo, por meio de Suas criaturas, Cidadãs do Espírito. Do contrário, nada adianta, pois nos poderemos acabar estorricando uns aos outros e a reproduzir a profecia de Pedro Apóstolo, na sua Segunda Epístola, capítulo terceiro. No entanto, a Humanidade é teimosa e sempre sobrevive aos seus mais enlouquecidos tempos e comandantes. Quanto ao fato de ter eu afirmado que fazer prece assemelha-se a meditar, significa dizer que nem os Irmãos ateus estão excluídos desse benefício.
Ideologia e Caridade
Amor, Harmonia, Solidariedade, espírito de Justiça aliado à Bondade, jamais à vingança; Liberdade com respeito aos demais entes humanos; Verdade sem fanatismo social, político, filosófico, religioso ou científico; auxílio aos que sofrem, no corpo ou na Alma; Política e Economia, acompanhadas pelas virtudes da Correção e da Generosidade; Instrução, Educação, Reeducação, consoante a Fraternidade Ecumênica; portanto, tudo aquilo que na Paz ou na guerra torna forte a criatura, na Terra e no Mundo Invisível, que não é uma abstração, forma o conclusivo conceito de ideologia para o Cidadão do Espírito: Caridade, ou seja, o ar moral que, como seres realmente civilizados, devemos respirar.
Essência de Deus
Disse Jesus: “Novo Mandamento vos dou: Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos. (...). Ninguém tem maior Amor do que doar a própria Vida pelos seus amigos (...). Porquanto da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos amo. Permanecei no meu Amor” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35 e 15:13 e 9). Eis que nos encontramos diante do suprassumo da Caridade, que é a síntese do verdadeiro sentido de ideologia que os mais puros idealistas, de todas as origens, sempre buscaram e buscam. Ora, sem Amor (que é sinônimo de Caridade), sem Verdade e sem Justiça nunca haverá Paz. Alziro Zarur, num momento de grande inspiração, com toda a força de sua Alma, assim definiu o Mandamento Novo de Jesus: “1o — O Novo Mandamento de Jesus é a Essência de Deus; 2o — O Novo Mandamento de Jesus é a salvação da Humanidade”. Bela assertiva do grande Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, a Religião do Amor Universal, Religião do Terceiro Milênio. Aí está, pois, em resumo a ação da Política Divina, que pregamos para o erguimento de um Brasil melhor e de uma Humanidade mais feliz.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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