O Brasil é o oitavo produtor de livros do mundo. No país são lidos por ano 4,7 livros, sendo que 3,4 são indicados pela escola, sobrando um total de 1,3 que foi lido pela população em geral. No entanto, o Brasil ainda está longe de ser um país de leitores, quem afirma é uma pesquisa do Instituto Pró-Livro de 2007, Retratos da Leitura no Brasil, coordenada pelo jornalista e escritor Galeno Amorim, a pesquisa foi aplicada em mais de cinco mil pessoas em trezentos municípios brasileiros, mesmo assim, o que mais espantou foi o alto índice de não leitores, cerca de 77 milhões de pessoas. Segundo o jornalista Galeno “os livros não mudam o mundo, mudam as pessoas.”
De acordo com a pesquisa, no Brasil existe um total de 6 mil bibliotecas municipais, de quase 12 mil bibliotecas comunitárias, de mais de 50 mil bibliotecas escolares e um pouco mais de 1 mil bibliotecas universitárias, embora as bibliotecas são os equipamentos culturais mais presentes na vida dos brasileiros, elas se encontram numa situação bastante precária como a falta da atualização do acervo, estrutura física, profissional qualificado, dentre outras dificuldades.
Mesmo assim, existem várias formas de incentivo à leitura, crianças em diversas comunidades que levam os livros num carro de mão para que outras crianças possam ler, pessoas que lotam uma Van para levar a leitura para outros lugares, feiras do livro promovidas por escolas, com livros a preços populares para garantir o acesso a todos, que no ano de 2008 a Escola Estadual Prof.ºAloísio E. Brandão, localizada em Santana do Ipanema, AL, realizou um evento dessa categoria onde foi um sucesso.
É preciso que as famílias montem esse espaço de biblioteca também em casa para que a criança possa ter acesso aos livros e que desde cedo comece a compreender a função da leitura, assim estará sendo incentivada para desenvolver o gosto pela leitura. Tanto a família quanto a escola precisa estar disponibilizando esse espaço para a criança. Os professores precisam também começar a gostar de ler, para incentivar seu aluno a ler. Ninguém pode dar aquilo que não tem.
Um projeto do Senador Cristovam Buarque que agora é lei, instituiu o dia 12 de outubro como dia nacional da leitura, uma data para que todos se conscientizem da importância da leitura na vida das crianças e de todos. O livro é um objeto que forma e deforma conceitos. Forma conceitos que outrora eram desconhecidos pelo leitor e deforma a escuridão de quem não tem acesso a leitura.
O Senador também cria um programa de cesta básica do livro. Para o Senador uma cesta básica deve levar comida e cultura e uma forma de fazer isso é colocar livros na cesta básica. “Não basta alimentar o corpo, é preciso alimentar também o espírito”, disse ele. De acordo com ele, o governo irá financiar os livros para que o povo possa levá-los para casa. E ele espera que no futuro, junto com o livro também venham ingressos para cinema, teatro, etc.
A leitura liberta o povo da escuridão. Um povo que não lê, é um povo que desconhece a luz, que vive à sombra da ignorância aceitando, muitas vezes, as coisas que lhe são impostas.
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