"O El Niño, fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, tem grandes chances de se firmar até dezembro de 2018, trazendo mais chuva para o Sul e Sudeste do Brasil e seca para o Norte e Nordeste, indica a meteorologia. Mas, enquanto o evento climático não se formar totalmente, os produtores rurais precisam ficar atentos devido à imprevisibilidade das chuvas. Segundo Celso Oliveira, meteorologista da Somar Meteorologia, a primeira chuva da Primavera (a estação inicia no dia 22 de setembro) virá antes do tempo para o Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul."
"Renata Tedeschi, climatologista do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), diz que há 57% de chance da ocorrência do fenômeno a partir de agosto.
O CPTEC recebe os dados sobre a temperatura do Pacífico Equatorial dos Estados Unidos, por meio do International Research Institute for Climate and Society (IRI). Mas é necessário que o aquecimento anormal na superfície do mar seja mantido por mais seis meses, para que assim seja comprovada a ocorrência do El Niño. “Hoje é maior a probabilidade que o El Niño ocorra no próximo trimestre. Mas ainda é preciso esperar entre setembro e outubro, quando acontecem os maiores impactos”, explica Renata. "
Graziella Gonçalves, meteorologista da Climatempo, avalia que o fenômeno possa se firmar entre dezembro e janeiro de 2018. “Ainda não se caracterizou o El Niño, mas já notamos aquecimento das águas da superfície do oceano em 0,2 grau Celsius”, explica Graziella. “Por enquanto, estamos em neutralidade climática.”
Fonte:El Niño pode retornar no fim deste ano - IDEA Online
Nada pior para o sertanejo nordestino, dependente da agropecuária para sobreviver, que os efeitos climáticos devastadores do fenômeno El Niño.
Saímos há um ano e meio de um ciclo do fenômeno que durou, em algumas regiões, algo em torno de 6 anos em alguns estados,como no Ceará, e em outros o ciclo variou entre 3 a 4 anos. Santana do Ipanema- AL, teve o pico do fenômeno em 2016 quando praticamente não teve safra milho e feijão. E, nos anos anteriores ao pico, o fenômeno estava instalado, os produtores para salvar seu rebanho compraram e se viraram para adquirir bagaço de cana de açúcar e outras fontes de matéria seca na Zona da Mata nas Usinas de Açúcar do Estado e em outras localidades.
Diante da perspectiva de 57% apresentado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para confirmação do fenômeno, é aconselhável se informar sobre as condições climáticas antes de efetuar qualquer plantio de sequeiro, aquele que depende das chuvas do inverno.
João Francisco das Chagas Neto
Engº Agrônomo- CREA -AL 508 D .
Comentários