“Bares de Santana”, foi o título de uma poesia de nossa autoria publicada aqui neste portal, ano passado. Nesta composição poética, procuramos contemplar todos os estabelecimentos vendedores de Cachaça à granel, de nossa querida Santana do Ipanema. Bares de ontem e de hoje, muitos deles tivemos o privilégio de conhecer.
O internauta e muralista, do Maltanet, Zé Neto Nóya, que havia lido a poesia, ao ver-nos, questionava-nos, onde fomos encontrar tantos bares, pra citar no idílio. Inspirado ainda, pelos versos etílicos, postamos também em 2009, uma série de crônicas sub-intituladas: Mesa de Bar. São temas destas narrativas, fatos pitorescos ocorridos, justamente pelos bares da vida de nossa cidade.
O ambiente onde ocorreu o colóquio, entre os protagonistas-títulos desta história, é o Bar Comercial, Do nosso amigo Mário Pacífico, como o próprio diz: “Aqui se serve o melhor cuscuz com bode da cidade”. Seu saudoso pai, Sebastião Pacífico foi o pioneiro, à cinquenta anos atrás. E o filho deu continuidade. Mário no ano 2000 publicou, com a ajuda de Everaldo Araújo, Sérgio Soares de Campos, Marcelo Fausto e Junior Nobre, um folheto de cordel intitulado: “Contos em Versos”. O livreto é prefaciado por, nada mais nada menos, que sua irmã, a escritora, também cronista neste portal, Lúcia Nobre.
Vamos ao diálogo, Zé Farias (in memorian) era fiscal do fisco estadual. Neste dia, estava só à uma mesa do Bar Comercial. Entra Tonho Baleia, irmão de Mário, funcionário da Emater-AL. O cobrador de impostos resolve puxar conversa com o amigo:
-Ô Tonho tu já désse?...
-Eu não! E tu deu?
-Mas Tonho. Não há nada de mal nisso. Olhe só: Zebe...deu! Ta...deu! Ama...deu! São Judas Ta...deu! O povo do Su...dão!Ronaldo Rese...dá! Nicodemos! E você não?
-Não!!! Eu não, mas sei que até o Conde D’eu!
*Fabio Campos 09/04/2010
*É professor do Estado e do Município em Santana do Ipanema – AL
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