SAUDADES DA COPA DE 70!

Fábio Campos

O Brasil enfrenta hoje, a Coréia do Norte no primeiro jogo pela XVIII Copa do Mundo de Futebol na África do Sul. Não pude deixar de lembrar com certa dose de saudosismo, do jogo final da Copa de 1970, no México. Quando nos tornamos Tricampeões Mundiais de Futebol, no Estádio Guadalajara. Nossa Seleção era composta por: Felix (goleiro), Wilson Piazza, Brito, Rivelino, Jairzinho, Pelé, Tostão, Dirceu, Carlos Alberto Torres (capitão), Gérson e Clodoaldo; Técnico: Mário Lobo Zagallo, Preparador Físico: Santana. Lembro até hoje, os nomes de todos eles só não lembro a posição em campo e dos reservas, só lembro de Joel. Os álbuns de figurinhas à época, faziam-nos colecionar e ter cada jogador desse como uma espécie de herói.

Algumas curiosidades que marcaram e nunca esquecemos:

O fato de Zagallo ser alagoano, era motivo de orgulho pra gente;

Diziam que os mexicanos torciam pela Seleção Brasileira. Ainda que esta viesse a enfrentar a Seleção daquele país (creio que era boato, exagero!);

Diziam que na partida final contra a Itália. Os italianos teriam levado ao solo mexicano um avião exclusivo pra levar a taça Julies Rimet. E nós venceríamos a partida por 04 X 01!

Jairzinho recebeu o apelido de “furacão da copa” e Rivelino “o garoto do Parque”, Tostão por levar uma bolada no olho parou de jogar futebol;

Gérson faria propaganda de cigarros é nasceu a “Lei do Gérson” porque falava em levar vantagem em tudo!

A construção do Estádio Rei Pelé na capital do nosso Estado. Tempos depois, decepção: Não sei se boato, mas dizem que no dia da inauguração Pelé teria preferido ir de avião até Recife e se hospedado ali, por considerar que em Maceió não havia hotel capaz de agradar sua comitiva;

Professor Reginaldo Falcão, tinha em casa na parede, um quadro com foto tirada ao lado do Rei do Futebol, por aquela ocasião;

Dona Maria Laranjeiras, mãe de Alberto (Benga) e Zezinho Bodega, ensinava a arte de esculpir em madeira. E chegou a entalhar no cedro, uma réplica da famosa taça Julies Rimet conquistada no tricampeonato de futebol, cujo original infelizmente viria a ser roubada e teria supostamente, seu ouro derretido pelos ladrões. Que vergonha!

E a música que era o grito de guerra, o hino cantado por todos:

“Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil! Salve a Seleção!
Todos juntos vamos
Pra frente Brasil do meu coração
De repente é aquela
Corrente pra frente
Parece que todo Brasil deu a mão
Todos ligados na mesma emoção
Juntos num só coração
Todos juntos vamos!
Pra frente Brasil! Brasil!
Salve a Seleção!”

Aparelho de televisão naquela época era privilégio de poucos, na Praça do Monumento quem tinha era Seu Dóta (pai de Leopoldo e Maurício) e Doutor Aderval Tenório. Os dois eram avessos a molecada do Monumento pelas brincadeiras exageradas e as maloqueiragens. Mas lembro que em dia de jogo do Brasil, Seu Dóta puxava a televisão até a área da frente e deixava os meninos assistirem da calçada. Era uma festa! Saudades da Copa de 70!


Fabio Campos 15/06/2010 É professor em S. do Ipanema –AL.
Contato: fabiosoacam@yahoo.com


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