SANTANA E ROSA, NOS CAMINHOS DE LÚCIA

Fábio Campos

“Confesso minha admiração pelo trabalho literário e de pesquisa Veredas, caminhos e riachinhos, da escritora Lúcia Nobre. Alguns dos capítulos já me eram conhecidos pela publicação no Jornal Virtual dos Médicos Escritores, que é editado pelo Dr. Luiz Fernandes Soares ex-presidente da Sobrames (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores), associação da qual a escritora é sócia honorária.” *José Medeiros
*É presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, Regional Alagoas (comentário de orelha do livro)

Santana
Acabamos de participar da maior festa de nossa cidade. A festa da Padroeira Nossa Senhora Santana. A cidade recebe filhos ausentes e convidados. Todos se confraternizam eufóricos e felizes. As ruas sorriem ao receber pessoas saudosas e carentes do afeto dos fiéis moradores. A igreja de Senhora Santana enfeita-se garbosamente e abraça seus devotos.(...) Santanenses reunidos cantam o seu hino e se emocionam. Entregam mais histórias contadas, cantadas e poetizadas para o deleite daqueles que sabem valorizar sua tradição cultural. Tenho certeza que todos sentem a mesma emoção, ao viver esses momentos inesquecíveis. Este ano, sentimos a falta de alguém tão importante em nossos eventos. Como todos aqueles que sempre estão presentes, ela sempre nos dava alegria com sua importante presença. Nilza Marques(...)(idem,ibidem p. 47)

João Guimarães Rosa (1908-1967)
“Nós os homens do sertão somos fabulistas por natureza” (Guimarães Rosa) ( p. 51)
“Onde era que o riachinho estava, agora?
A gente queria o ser do riachinho,
Para água, de verdade, e ele se fora”
(“Manuelzão e Miguilim, P. 574.(idem,ibidem p.55)

Falando em Santana
O poeta sempre volta às origens. Com Maria do Socorro Ricardo não é diferente. “Ando me lembrando de Santana”. Lembra do pai, da mãe, dos irmãos, da casa, da infância. As ruas do passado são sempre “riscadas de histórias e memórias”.(...)(p.65)

Goretti Brandão em uma de suas crônicas viaja na arte primitiva, moderna de Santana do Ipanema. A observadora enfatiza o trabalho de dois artista sertanejo. Um, revela sua constante apreensão do cotidiano. O outro retrata cenas do cotidiano que marca o simbolismo da imagem que se tem do semi-árido.(...)(p. 65)

Maria Aparecida da Silva dos Santos valoriza sua terra de beleza e esplendor, seu rio, suas praças e serras, com muita alegria e amor.(...)(p.68)

Nossa passagem pela vida é tão instantânea e rápida, sendo assim devemos cumprir de forma brilhante nossa missão, para que um dia possamos nos orgulhar de nossa própria história (Sibele Arroxellas).(p. 68)

(...)Colocamos em exposição uma obra de arte feita a partir de sucata pelo escultor Manoel Belarmino. Essa obra retrata o sertanejo pensativo, fumando seu cachimbo, com sua enxada, instrumento de trabalho e do seu lado descansando seu fiel amigo “Baleia”, nome do cão atribuído pela maioria dos visitantes, associando a escultura aos personagens de Vidas Secas do escritor Graciliano Ramos”. Enfatiza o cronista, que os visitantes, crianças e adultos, ao se aproximarem do estande, perplexos e admirados, saudavam Baleia e Fabiano. Eu, uma dessas visitantes, antes de cumprimentar Malta e seus filhos, que simpaticamente sorriam, saudei Baleia e Fabiano.(idem,ibidem ps.68,69)”

P.S. Sem permissão prévia (pois não fizemos pedido formalmente) nossa Crônica foi retirada do livro "Veredas, Caminhos e Riachinhos" da escritora Lúcia Nobre. Dei-me o direito de prestar-lhe singela homenagem. Aceite-a é de coração.

Fabio Campos 27.03.2012 Breve no Blog fabiosoarescampos.com Conto inédito “Sangue no Caminho”(Título Provisório)

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