Está lá, no Evangelho de Jesus Cristo, segundo São Lucas, capítulo 11, versículo 3 “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” Mas, por que estou eu intitulando minha crônica e iniciando-a citando os evangelhos?
Porque um fenômeno tenho observado, em especial nas redes sociais: Como gostamos de postar citações, de colocar frases de efeito, de gostar de filosofar. De mandar mensagens de paz, amor, orações, de evangelizar, de profetizar etc. etc. De destinar aos outros correntes e mais correntes de orações? Diante desse fato uma pergunta me ocorreu: Será que isso é uma qualidade nata dos brasileiros?
Será que nossos “Hermanos” latinos, aqui do lado. Ou nossos “brother’s” do lado de cima da linha do Equador será que também comungam do mesmo espírito fraterno, na hora do envio de mensagens teriam o mesmo teor? Seriam espirituosos, filosóficos e religioso como somos?
A tecnologia de ponta só tem atestado essa nossa afirmativa. Nas redes sociais é o que mais vemos: no facebook, no watsapp, no stangram, no twitter etc. As pessoas enviando mensagens tão humanitárias e fraternas que ao vermos o comportamento das ruas chegamos a imaginar que não são os transeuntes nenhuma daquelas que se comunicam virtualmente.
Então vivemos um mundo dicotômico. Aquele que gostaríamos de viver, um mundo fantasioso, de sonhos, esse vivido e compartilhado nas redes sociais. E o mundo real, o que vivemos no dia a dia realmente. Não obstante, reconheço no advento das novas tecnologias um divisor de águas.
Retrocedendo algumas décadas, “No meu tempo” mais precisamente em meados da década de setenta, início da de oitenta, quando celulares e computadores não haviam ainda se popularizado. Nas rodas de amigos de meu pai, por exemplo, dividiam o mesmo espaço o sapateiro, o engraxate, o barbeiro, o dono da farmácia, o rico pecuarista, o agricultor, o vaqueiro. Entre um gole de café e um trago de charuto, no pé do balcão da mercearia do meu pai, cada um fazia uma fala, emitia a opinião que tinha sobre os acontecimentos do mundo a sua volta. Falas estas entremeadas de uma piada ou um dito popular: “Macaco velho não mete a mão em cumbuca.”; “Quando a maré é de azar urubu de baixo caga na cabeça do de cima.”; “Se farofa fosse bala democrata não comia.”; “Quem não lê jornal, nem viaja é desinformado.”; “Quem não reza xinga a Deus.”
Sobre as orações existe uma divergência entre católicos e protestantes ( eles não gostam de serem assim denominados, preferem crente!) Dizem que nós católicos somos repetitivos, quando recitamos o santo terço, as cinco dezenas de Ave-marias seriam por demais cansativas e inúteis.Se fosse assim Jesus não teria ensinado o "Pai Nosso", nem repetido três vezes a mesma oração no Getsemâni.
Mas existira alguma diferença entre orar e rezar?
“Assim com atestam Michaellis, Aurélio e todos os dicionários da língua portuguesa, os termos “orar” e “rezar” são sinônimos. Aliás, é importante notar que essa duplicidade de termos que expressam uma mesma realidade é característica de nossa língua pátria. Em inglês por exemplo o verbo “to pray” significa exatamente a mesma coisa: “orar” e “rezar” tanto faz. Em italiano a palavra “pregare” que pode ser traduzida por “suplicar’ tem naquele idioma o mesmo sentido que “orar e “rezar”. Fonte: ofielcatolico.com.br
Quanto a diferença entre a Bíblia do crente e do católico, já dizia um pregador católico: “A do católico é cheia de poeira porque vive enfeitando a estante da sala. E a do crente fede a suor porque só vive embaixo do sovaco!”
Por falar em oração. A piada. Uma senhorita, Já beirando o caritó estava ao pé dum cruzeiro orando:
“Senhor rezo pra arranjar um homem que seja inteligente, forte, lindo. Que adore ficar me ouvindo horas. Que nunca vai me deixar esperando, que tenha um emprego que ganhe bem, que quando eu gastar seu dinheiro nunca fique bravo, que me abra a porta, me faça massagens nas costas, e transe até me deixar exausta. E que nunca diga não pra mim. E me ame até o fim da vida.
Um bêbado que estava deitado assim de lado. Abriu um olho e:
-Moça! Se a senhora arranjar esse cara pergunte se ele tem um irmão pra mim...”
TEM OUTRA:
“A Professora pergunta:
-Joãozinho na frase: ‘Maria estar a delirar!”
Onde está o sujeito?
-Naturalmente que encima dela né “fessôra”?”
Fabio Campos 20 de maio de 2016
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