PROCURO UM HOMEM DE VERGONHA!

Fábio Campos

Está aberta a temporada de caça. Falta exatamente um ano para que aconteça o pleito eleitoral nos municípios brasileiro. Está aberta a temporada de caça aos votos! Estive por esses dias vagando pelas internet e lendo a biografia de alguns vultos de nossa história. Deparei com a vida e obra do “Maior coco da Bahia” o jurista, escritor, orador e político Ruy Barbosa. Nascido em 05 de novembro de 1849 em Salvador e falecido em 01 de março de 1923 em Petrópolis - RJ. Foi deputado, senador e ministro. Chegou a disputar duas vezes a Presidência da Republica quando a eleição ainda era decidida por um colegiado, perdeu todas duas. Eis algumas de suas célebres frases:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
Lucram com a desordem os governos desacreditados, que, vivendo apenas de viver, tendo violado todas as leis, faltado a todos os deveres, perdido toda a estima pública, necessitam de romancear revoluções, que recomendem o zelo da administração pela estabilidade da paz, autorizem a perpetração de insídias contra o direito desarmado, e encubram, na confusão das ruas, a mão da polícia, que passa, executando os seus cálculos de eliminação homicida.
Creio no governo do povo pelo povo; creio, porém, que o governo do povo pelo povo tem a base da sua legitimidade na cultura da inteligência nacional pelo desenvolvimento nacional do ensino, para o qual as maiores liberalidades do Tesouro constituirão sempre o mais reprodutivo emprego da riqueza pública; creio na tribuna sem fúrias e na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade; creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompetentes e no valor insuprível das capacidades."

Viveu aqui em Santana do Ipanema até o final da década de setenta o nosso filósofo Diógenes “O Cínico” 404-323 a.C. Na verdade encarnado no saudoso Frederico Rodrigues, apelidado de “Fidirico” Certa ocasião chegou na porta da Casa Atrativa, do seu amigo Abílio Pereira. Trajando seu impecável terno e chapéu de massa na cabeça, portando uma lanterna de pilhas, acesa. Seu Abílio não se contendo de curiosidade indagou:

-Oxente Fidirico pra que essa lanterna acesa se ainda é dia?

-Estou procurando um homem de vergonha!


Fabio Campos 04/10/2011 No fabiosoarescampos.blogspot.com LIRAS DE SANTANA

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