Entre um misto de perplexo e revoltado, o Brasil inteiro assistiu o Senado Federal e o Congresso Nacional elegerem respectivamente o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Henrique Eduardo Alves. Alguém aí sabe em que buraco se meteu a tal da Lei da “Ficha Limpa”? É no mínimo estarrecedor presenciarmos passivos tal descalabro. A ponto deles mesmos rirem da própria desgraça. Vi uma reportagem em que o deputado-palhaço Tiririca, em plena assembléia de votação, teceu com o deputado ex-jogador de futebol Romário o seguinte diálogo:
-E aí Romário. Onde vai passar o carnaval?
-Não sei. Por aí...
-Que tal aqui.
Consultando o blog do Sérgio Nogueira, no site da Rede Globo (G1.com.br) fui descobrir o significado das palavras “candidato”, e “Senador”, vejamos o que diz o gramático:
“Candidato vem de cândido. Candidatus, em latim, significa “puro, vestido de branco”. Na Roma antiga, os postulantes a cargos no governo usavam branco, para transmitir a ideia de pureza e honradez, que normalmente associamos à cor branca. Da mesma forma, a palavra cândida indica limpeza, pureza, tecido alvo.(...) O que não deixa de ter certa ironia, pois muitos candidatos sacrificam a ideia de pureza e honradez, em nome de pragmatismos pouco louváveis. No entanto na hora de escolher em quem votar, seria bom ter em mente a origem da palavra, e verificar se o nosso candidato faz jus a esse nome. (...)
Senador e senado vêm do latim, sen, senex, que quer dizer “velho, idoso”. Portanto, senado é uma assembléia ou conselho de anciãos. Essa tradição vem de muito longe, quando o poder nas tribos primitivas era exercido pelos mais velhos e mais sábios.”
O verbo é dentre as classes de palavras umas das que mais sofre abusos de desvios de flexão e flexões impróprias, sejam na escrita ou na pronúncia. No meio político foi inclusive proibido o uso do gerundismo, que é vício de linguagem. É comum ouvirmos o político dizer:
-Nós vamos estar construindo um novo estádio.
Quando o correto é dizer: -Iremos construir um novo estádio.
A proibição não está relacionada diretamente a fala, porém a citação em documento público. Aquele outro, malandro cujo colarinho branco limita-se tão somente a cerveja, erra menos ao criar frases assim:
“O sol nasce para todos e a sombra é para quem merece. (Autor desconhecido- Google)”
E aqui vai nossa homenagem, ao cantor e compositor Bezerra da Silva (1927-2005) um dos pernambucanos mais carioca de quem já tivemos conhecimento:
“Não preciso fazer a cabeça já nasci com ela”
“Pra quem sabe ler um pingo é letra”
“Tem Coca aí na geladeira!” (trecho de música)
“É Coca da boa!” (trecho de música)
“Malandro é malandro e Mané é Mané!” (trecho de música)
Fabio Campos 06.02.2013 Breve no Blog fabiosoarescampos.com o Conto: “Folia de Carnaval”
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