Êita martelo porreta que indagora eu lia
Clerisvaldo B. Chagas é poeta
ele usa o verso e a rima certa
a palavra vem cheia de ousadia
tem coragem e arrota valentia
"bomba atômica pra ele é só um traque"
Malazarte com ele leva baque
Mata-sete também entra pelo cano
MEU GALOPE É FEROZ É DESUMANO
SEM ESPORA SEM FREIO ALUCINADO
Envereda no reino das Águas Claras
Dá um rabo-de-arraia no Sacy
torce o rabo da Cuca e vai dormir
na cacunda da velha Caipora
na Mula-Sem-Cabeça mete a espora
Cacão de fogo com ele baixa o facho
Trupizupi da Paraiba metido a macho
veste uma saia e os quarto sai rebolando
MEU GALOPE É FEROZ É DESUMANO
SEM ESPORA SEM FREIO ALUCINADO
Clrerisvaldo na palavra se montou
fez viagem a Marte e a Plutão
agarrado na cauda de um dragão
deu um laço nas cobras de Medusa
fez redondo o cateto e a hipotenusa
botou mais um ponta no Centauro
deu um sopro na venta do Minotauro
que o labirinto cedeu ao soberano
MEU GALOPE É FEROZ É DESUMANO
SEM ESPORA SEM FREIO ALUCINADO
Com Clerisvaldo a coisa tem acerto
fez a lua minguante ficar prenha
na Via-láctea o peste fez ordenha
tomou suco de estrela com farinha
do horizonte ele arrancou a linha
fez uma vara de pesca com o sol
com uma barra de ferro fez anzol
E arrastou rei Netuno do oceano
MEU GALOPE É FEROZ É DESUMANO
SEM ESPORA SEM FREIO ALUCINADO
O poeta Clerisvaldo Chagas é tisunami
sua rima tem a força dum Tornado
Redemunho no meio do roçado
poesia que se vira num Tufão
Um estouro na boca do balão
faz o Tinhoso até ter um pesadelo
e sonhar que o troço é o desmantelo
um gnomo da orelha de abano
MEU GALOPE É FEROZ É DESUMANO
SEM ESPORA SEM FREIO ALUCINADO
Clerisvaldo deu o mote e o desafio
na palavra viajou como herói
Foi valente ferrenho foi cawboy
no olimpo desafiou a Zeus
deu lapada nos velhos fariseus
navegou na aurora boreal
conheceu o espaço sideral
foi ermitão foi burguês e até cigano
MEU GALOPE É FEROZ É DESUMANO
SEM ESPORA SEM FREIO ALUCINADO
P.S. O Mote e o verso frisado na primeira estrófe é do homenageado
Fabio Campos 09/11/2009
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