“Lula O Filho do Brasil”, é o título do filme que retrata na telona, a vida do pernambucano que saiu de Garanhuns. Foi pra São Paulo, virou metalúrgico, sindicalista, entrou pra política partidária e tornou-se presidente da república do Brasil. Uma saga extraordinária que realmente merece virar filme.
No Brasil, no período do governo militar e colegiados, vários presidentes que subiram ao poder, devido a sua origem, tinham sobrenomes estrangeiros. Jucelino Kubitschek, o JK (de 56 a 61); Emílio G. Médici (69-74); Ernesto Geisel (74-79). Esse período não findaria com João Batista Figueredo (79-85). Nós brasileiros ainda veríamos outros sobrenomes pouco usual, subir ao cargo máximo da política do país: Neves, Sarney, Collor.
O que diferencia Lula de todos os outros, não é apenas o fato de ter um dos sobrenomes mais populares do país. É o seu jeito simples de ser, de falar, de se expressar. O povão se identifica com Lula porque ele fala a língua do povo. Não possui títulos de nobreza, não tem formação superior. Não estudou em Zurich na Suíça, nem em Havard nos EUA. Não é economista, nem sociólogo, nada disso. Muito menos fala várias línguas, aliás, nem o português correto ele fala. Lula fala brasileiro.
Isso nos faz lembrar um número considerável de gestores municipais, que mal sabem assinar o próprio nome, no entanto estão aí, governando os municípios brasileiros. Bem ou mal, é importante frisar que o povo, foi que lhes outorgou esse direito.
O prefeito de uma cidade vizinha conhecida de todos nós, terra do meu amigo Tonho Neguinho, foi andar com seu candidato a deputado pelo interior do município. Ao passar com sua comitiva por um caminhão-pipa da defesa civil, ele manteve com seu assessor (leia-se cabuêta) o seguinte diálogo:
-Ô menino, o que é que tá escrito no tanque desse caminhão?
-Água Potável.
-E quem é esse Otávio que tá ficando com a água todinha que chega no município?
Fabio Campos 19/08/2010 É Professor em S. do Ipanema – AL.
Fabiosoacam@yahoo.com
Comentários