Diante do inesperado, do inusitado, da necessidade de tomar uma decisão, vem-nos sempre a consciência que pelo menos duas opções nos ocorrerão: “Ou isso, ou Aquilo.” Se enveredarmos pelo campo minado da (vã) Filosofia. Vamos chegar a conclusão que não é bem assim. Se não vejamos:
“A razão obedece a princípios formais que lhe garantem a coerência. Uma das principais descobertas da Filosofia Clássica, foi a de que existem três princípios fundadores da racionalidade, que estão na base de todos outros:
1) O Princípio da Identidade: que na linguagem da Lógica Clássica se exprime da seguinte forma “Cada ser é igual a si mesmo”;
2) O Princípio da Não-Contradição: que diz “uma coisa não pode ser, e não ser ao mesmo tempo” de acordo com a mesma perspectiva;
3) O Princípio do Terceiro Excluído: “uma coisa é ou não é” não há uma terceira hipótese;
Estes três princípios regulam a estrutura formal do pensamento, não se referindo ao seu conteúdo. Eles indicam-nos ‘como’ devemos pensar e não ‘o que’ devemos pensar. Mas isso não diminui a sua importância: se o nosso pensamento não estiver corretamente estruturado (a isso nós chamamos “coerência”), nossos pensamentos têm basicamente a mesma estrutura formal, o que varia é o seu conteúdo. Vejamos os seguintes exemplos:
a) “João é um bom futebolista.”;
b) “Ontem não choveu.”;
c) “O homem é um animal racional.”
Se repararmos com atenção podemos ver que apesar de terem conteúdo diferente, estes três enunciados têm a mesma estrutura formal: Conceito-base + Elemento de Ligação + Conceito atribuído, o que constituem o “Juízo” (no campo linguístico) recebem a seguinte designação:
Sujeito + Elemento copulador (ou Cópula) + Predicado. (fonte:wikipedia.org.br)
Antes de externar a que refere-se esta nossa crônica,quero reportar-me a Revista da Língua Portuguesa (Edição 103 maio/2014 pág.22 ‘Palavras sem Contrário’ artigo do prof Aldo Bizzochi)
“Antônimos são palavras que têm significados opostos. Mas o que é o oposto de um significado?. Costuma-se dizer que o antônimo de branco é preto, mas qual é o antônimo de azul? Logo, alguns tipos de significado admitem opostos outros não.” Segundo o professor deve entrar em cena aqui o princípios da contrariedade (coisas contrárias posições extremas) e da contradição (princípio da afirmação/negação) O contrário de “aberto” é “fechado”, o contrário de “azul”, é “não azul”, ou seja outra cor.
Tudo o que dizemos até agora tem o intuito de buscar um entendimento onde caiba: clareza, coerência, coesão (no campo semântico até!) e uso da razão, da lógica e da Identidade (no campo filosófico), no tocante a campanha político partidária que ora vivenciamos. Candidatos se digladiam, contrariando o princípio da razão, da lógica e da coerência. Sendo que não são eles que estão na arena atirados aos leões e ao fio de espada. Nesse caso somos nós eleitores.Pior: sem opção.
Sobre esta questão de falta de opção. Ilustraremos com duas piadas, uma fictícia outra real. Primeiro, a de mentirinha:
“Dois caras estava fazendo um safári na África quando foram pegos por uma tribo de canibais. Levados ao chefe, que perguntou ao primeiro:
-Branco quer Tizunga ou morte?
-Tizunga. Respondeu.
Foi enrabado pelo guerreiro mais viril. Teve que lutar com o mais valente e foi morto. A mesma pergunta ao segundo:
-Branco quer Tizunga ou morte?
-Prefiro morrer com dignidade...
-Seja feita vontade de homem branco! Resultado: Foi enrabado por todos os guerreiros da tribo até morrer.
Essa de cá é real: No nosso tempo de Maloqueragem da Praça do Monumento, a brincadeira era a seguinte: Um moleque perguntava ao outro:
"-Você quer Lolita, Coquita ou nada?”
Perguntava ao tempo que mostrava respectivamente essas três parte do corpo referindo-se a um pênis: punho, até o cotovelo ou o braço todo.
Fabio Campos 15.09.2014 Breve no Blog fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto inédito: “Antonia dos Reis”
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