É VERDADE, ISSO AQUI?

Fábio Campos

Os primeiros dias de qualquer ano será sempre um desafio, para cada um de nós. Especialmente pra quem pretende dar uma repaginada na vida, ou em alguns aspectos dela. Pra quem a muito, quer iniciar um curso de um novo idioma, de culinária, ou de artesanato. Há aquele que talvez resolva iniciar a leitura daquele livro, que pacientemente espera, na estante. Há os que pretendem melhorar a saúde, a aparência física, e iniciar uma academia. Também há quem aproveite a ocasião, pra iniciar uma nova dieta, ou tendência alimentar: veganismo, vegetarianismo. Quiçá isso traga uma melhoria da autoestima, da vontade de seguir adiante, de vencer as barreiras, mentais, morais e filosóficas, que permeiam o nosso existir.

Dizem os mais velhos, que todos os dias de nossa vida, nos são dadas oportunidades de aprender algo novo. Isso é uma grande verdade. Atualmente, reconheço, estou bastante adepto das redes sociais. No início foi impactante, muito forte! Tentei um namoro, como aqueles de antigamente, olhares tímidos, mantendo certa distância. No entanto, pouco a pouco fui sendo envolvido, seduzido. Feito moça inocente. Sob a premissa de não querer ser ultrapassado perante os avanços tecnológicos. Orgulho ferido, passivamente fomos aceitando isto como irremediável realidade.

Considerando o tempo cronológico em que apareci no mundo, de lá pra cá, muita coisa já mudou. Na minha infância e juventude [décadas de 60,70,80 ] os recursos audiovisuais e de pesquisas eram muitos limitados. Podemos constatar isso relembrando as músicas que eram hits-pop da época.

“Ao meu lado um Dicionário cheio de palavras que eu nunca vou utilizar” da música “Eu Também Vou Reclamar” de Raul Seixas, do “Álbum Ha Dez Mil Anos Atrás - 1976”. “Pode a Bíblia ser um Dicionário/ Pode tudo ser uma refazenda”, da música “Canção Agalopada”, de Zé Ramalho, no Álbum “Terceira Lâmina.” -1981. Dá pra perceber que a fonte de pesquisa dos melhores intérpretes e compositores da época, eram a Bíblia e o Dicionário. Poderíamos acrescentar aqui mais uma: as Enciclopédias. E só.

Num misto entre estupefatos assistimos o nascimento, advento e popularização das redes de internet. Parafernália antes resumida aos centros de pesquisas científicas como a NASA, e centros de investigações: CIA, KGB; e de estratégias bélicas: Pentágono e o Kremlin. Coisas que só víamos em filmes de ficção científica. Mesmo assim com efeitos audiovisuais rudimentares, quase sem computação gráfica.

Assisto boquiaberto, meu neto Dominic de apenas 05 anos, num simples colóquio, usar termos e expressões como: “óbvio”, “isso foi por pouco”, “lógico que sim...”. Termos que eu mesmo só viria incorporar a meu glossário mental, praticamente na idade adulta, mesmo assim com utilização resumida, ocasional.

Tem coisas que aprendemos que são de uma tão elevada sabedoria, que não nos damos por satisfeito, e ficar só pra nós aquele conhecimento, e queremos compartilhar. Quer um exemplo? A definição comparativa entre o IGNORANTE; o BURRO e o TOLO: O IGNORANTE é aquele que não sabe, porém se um dia alguém lhe ensinar, ele vai aprender, e com certeza mudará de atitude; O BURRO é aquele que sabe que não sabe, e não quer aprender, não se incomoda de ser burro; Já o TOLO, acha que sabe, não quer aprender, e ainda por cima zomba daquele que sabe.

As redes sociais é um campo fértil, uma via de mão dupla onde trafegam: Verdades e Mentiras, às vezes se chocam, colidem, provocam estragos! Dizer por exemplo, que daqui a cinco anos profissões como: guarda de segurança; transportadores; bancários; zeladores; faxineiros; contadores; designer gráfico etc. Irão desaparecer do mercado de trabalho, é impactante! E quem está afirmando isso? Nada mais, nada menos que o “World Economic Forum” na renomada revista Forbes.

Tudo depende do ponto de vista. Há quem afirme também que a profissão de professor está com os dias contados. Ora! Jesus Cristo era conhecido como sendo? Mestre! Que pena, eles o mataram! Mais de dois mil anos se passaram, e de lá pra cá, a profissão de mestre só cresceu! Quando começou a revolução industrial [segunda metade do século XVIII] muitas profissões foram ameaçadas de desaparecer completamente. E aí? Deixaram de existir: carpinteiros, oleiros, sapateiros?

Não é de agora que ouço falar em Geração Z. E ficava me perguntando, sem ânimo pra pesquisar quem eram os indivíduos pertencentes a tal geração? E não é que a lista completa veio parar na minha mão? Ou melhor, nos meus olhos, na minha mente! Ao qual compartilho aqui nesta crônica: Geração Silenciosa: pessoas nascidas entre 1923 e 1946; Geração Babyboomer: os que vieram ao mundo entre, 1947 e 1963; Geração X: nascidos entre 1964 e 1983; Geração Millenials: nascidos entre 1984 e 1995; Geração Z: nascidos entre 1995 e 2009 e finalmente a Geração Alpha: nascidos a partir de 2010.

Curiosidade aguçada justamente sobre a geração que eu nasci: “Babyboomer”. O termo vem do inglês e significa: “aumento no número de nascimento de bebês”. Fenômeno observado, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Relaxe, o Google está bem aí ao seu alcance, pra dizer o significado da sua geração. É só clickar.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR
TERMOS extraídos do DICIONÁRIO DE HUMOR INFANTIL do escritor PEDRO BLOCH:
UVA PASSA: Uma uva Morta;
MORRER: É ver a Flor pela Raiz;
ADULTO: É uma pessoa que não entende de Criança;
AVESTRUZ: É a Girafa das Aves;
BOCA: É a Garagem da Língua;
CEMITÉRIO: É o Aeroporto dos Mortos;
ARCO-ÍRIS: É uma Ponte de Vento Colorida;
CHUVA: É a Água que Sobe, e Depois Desce;
PACIÊNCIA: É uma Coisa que a Mamãe sempre perde.

CONVERSA DE MALANDRO:
-Como é Teu Nome?
-Pra Beber é Cassiano. Pra Trabalhar Cace Outro!

NO TELEFONE:
-Alô? Gostaria de Falar com o Júnior!
--Pois Não! Com quem falo?
-Com Odair, chame o Júnior!
-O senhor está falando com o próprio!
-Ô Próprio dá pra chamar o Júnior?

Fábio Campos, 10 de Janeiro de 2025.

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